Ontem, dia 10 de dezembro, muitas lojas do centro de São Paulo abriram para as vendas de Natal.
Muita gente comprando e o interessante que tinham poucos camelôs nas ruas.
No final da tarde, na Praça do Patriarca, aconteceu uma apresentação do grupo Ilú Obá De Min.
segunda-feira, dezembro 11, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Fugas da realidade
Estando em lugares, onde não se tem acesso a uma caneta ou qualquer ferramenta para escrever, é que temos as melhores idéias. Depois por mais que tentemos a inspiração não vem. Acredito que isto aconteça com todos que gostam de escrever. E quem escreve fica sempre observando tudo o que acontece para encontrar um tema ou assunto interessante para uma crônica, poesia ou até mesmo, um romance.
E ouvimos e vemos tantas coisas que muitas vezes, nem mesmo um ficcionista poderia imaginar. Conversando certo dia com uma pessoa, esta passou a contar um monte de histórias, não dizia diretamente, mas deixa indícios que havia escrito muita coisa e isto foi utilizado para algumas músicas de sucesso, na voz de cantores bregas. Perguntei se o nome deste estava no disco. Respondeu prontamente que não estava, se interessava em somente ter idéias e escrever. Difícil acreditar.
São muitos sonhos e alguns sempre misturam a realidade com a ficção, como Balzac no fim da vida achando que somente o Doutor Biancon poderia salvá-lo.
Precisamos desta fugas da realidade para não desistirmos de viver.
E ouvimos e vemos tantas coisas que muitas vezes, nem mesmo um ficcionista poderia imaginar. Conversando certo dia com uma pessoa, esta passou a contar um monte de histórias, não dizia diretamente, mas deixa indícios que havia escrito muita coisa e isto foi utilizado para algumas músicas de sucesso, na voz de cantores bregas. Perguntei se o nome deste estava no disco. Respondeu prontamente que não estava, se interessava em somente ter idéias e escrever. Difícil acreditar.
São muitos sonhos e alguns sempre misturam a realidade com a ficção, como Balzac no fim da vida achando que somente o Doutor Biancon poderia salvá-lo.
Precisamos desta fugas da realidade para não desistirmos de viver.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Fragmentos
Aos seis anos já sabia escrever meu nome e muitas palavras, naquele tempo, início dos anos 70 isto era precoce, hoje normal para as crianças acostumadas desde o berço a diversas mídias como televisão e internet.
A palavra escrita sempre me fascinava e gostava de ler jornais, quadrinhos e depois aquelas histórias de faroeste em livros de bolso de papel jornal.
Queria ser jornalista, era um sonho e nem mesmo sabia como realizar. Aos treze anos, incentavado por várias professoras comecei a publicar um jornalzinho na escola e rodado em mimeógrafo. Por incrível que pareça chegou a ter quarenta edições. Eu fazia tudo – escrevia as matérias, vazava a matriz e rodar o jornal, vendia o jornal – acumulava todos os cargos.
E nos anos seguintes escreveria muito coisa. Muito se perdeu e as idéias daquela época, tão diferentes das de hoje.
Entrando no mercado de trabalho, aqueles velhos sonhos ficaram para trás. Continuei fã da palavra escrita e passei muitos anos lendo somente jornais e revistas, perdendo inclusive a habilidade de escrever. Meu avô dizia "o que se aprende não se esquece", então devo não ter aprendido a escrever.
Com muitos projetos fracassados e os anos passando, tempos depois voltei a me interessar por livros. Passei a ser um rato de sebo e de maneria desordenada, comecei a ler todo tipo de assunto. Não posso negar que acumulei muitos conhecimentos e às vezes penso, serem inúteis. A vida é assim, vamos fazendo as coisas sem ter sentido. Muitas abandonamos, outros vamos levando aos trancos e barrancos.
E a vida é como este texto – começou uma coisa e no fim saiu outra.
A palavra escrita sempre me fascinava e gostava de ler jornais, quadrinhos e depois aquelas histórias de faroeste em livros de bolso de papel jornal.
Queria ser jornalista, era um sonho e nem mesmo sabia como realizar. Aos treze anos, incentavado por várias professoras comecei a publicar um jornalzinho na escola e rodado em mimeógrafo. Por incrível que pareça chegou a ter quarenta edições. Eu fazia tudo – escrevia as matérias, vazava a matriz e rodar o jornal, vendia o jornal – acumulava todos os cargos.
E nos anos seguintes escreveria muito coisa. Muito se perdeu e as idéias daquela época, tão diferentes das de hoje.
Entrando no mercado de trabalho, aqueles velhos sonhos ficaram para trás. Continuei fã da palavra escrita e passei muitos anos lendo somente jornais e revistas, perdendo inclusive a habilidade de escrever. Meu avô dizia "o que se aprende não se esquece", então devo não ter aprendido a escrever.
Com muitos projetos fracassados e os anos passando, tempos depois voltei a me interessar por livros. Passei a ser um rato de sebo e de maneria desordenada, comecei a ler todo tipo de assunto. Não posso negar que acumulei muitos conhecimentos e às vezes penso, serem inúteis. A vida é assim, vamos fazendo as coisas sem ter sentido. Muitas abandonamos, outros vamos levando aos trancos e barrancos.
E a vida é como este texto – começou uma coisa e no fim saiu outra.
sábado, novembro 25, 2006
Brás: berço da indústria do Brasil
O bairro do Brás, na capital paulista, já foi um dos mais importantes do país, quando no início do século a Matarazzo tinha ali suas indústrias. As Indústrias Matarazzo faliram em 1983 e já nesta época o Brás era um bairro degradado. Anos abandonado pelo poder público e também da população, fez com que a sujeira, os prédios abandonados e outros em péssimo estádo de conservação tornaram um realidade.
Atualmente o Brás concentra indústrias e lojas de confecções, todas do porte pequeno e médio, empregando e girando a economia.
Outra face da degradação do Brás são as igrejas evangélicas e por ali são muitas. A Celso Garcia no passado tinha as lojas elegantes de roupas, restaurantes, magazines com as "Lojas Pirani". Onde hoje está a Igreja Universal, na esquina com a padaria Garoto começou a primeira loja, onde depois se transformou na Metal Leve.
Os prédios caindo aos pedaços, mostra a pujança e potência econômica que foi o Brás no passado. A Matarazzo era a mais importante, mas existiam outras.
Atualmente o Brás concentra indústrias e lojas de confecções, todas do porte pequeno e médio, empregando e girando a economia.
Outra face da degradação do Brás são as igrejas evangélicas e por ali são muitas. A Celso Garcia no passado tinha as lojas elegantes de roupas, restaurantes, magazines com as "Lojas Pirani". Onde hoje está a Igreja Universal, na esquina com a padaria Garoto começou a primeira loja, onde depois se transformou na Metal Leve.
Os prédios caindo aos pedaços, mostra a pujança e potência econômica que foi o Brás no passado. A Matarazzo era a mais importante, mas existiam outras.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Belas Artes vai fechar
Uma das mais tradicionais da Avenida Paulista, a Belas Artes vai fechar no dia 30 de outubro. Frequentada por jornalistas e escritores, há décadas era um dos pontos de encontro dos intelectuais na capital.
Todo seu estoque está sendo vendido com descontos de 30% a 50%.
A livraria Belas Artes fica na Avenida Paulista, 2448 - (11) 3231-5764 / (11) 3259-0668.
Todo seu estoque está sendo vendido com descontos de 30% a 50%.
A livraria Belas Artes fica na Avenida Paulista, 2448 - (11) 3231-5764 / (11) 3259-0668.
Ainda sobre blogar
O formato do blog é tão inovador que provocou mudanças enormes também no jornalismo. O site do The New York Times foi reformulado tempos atrás e no estilo de um blog. Em seguida todos os jornais eletrônicos do mundo inteiro também promoveram estas mudanças. E ocorreu também no estilo de escrever, com notas curtas, fáceis de ler.
O ato de blogar virou um síndrome e a cada dia surgem novas ferramentas que facilitam a tarefa. É possível postar artigos por e-mail e telefone celular. Muitos eventos estão sendo cobertos on-line, agilizando a tráfego da informação.
O que começou como se fosse um diário pessoal, transformou-se numa das maiores inovações dos últimos tempos.
E você já começou a blogar?
O ato de blogar virou um síndrome e a cada dia surgem novas ferramentas que facilitam a tarefa. É possível postar artigos por e-mail e telefone celular. Muitos eventos estão sendo cobertos on-line, agilizando a tráfego da informação.
O que começou como se fosse um diário pessoal, transformou-se numa das maiores inovações dos últimos tempos.
E você já começou a blogar?
terça-feira, outubro 24, 2006
O Mundo é Plano
O livro "O Mundo é Plano" de Thomas L. Friedman (Editora Objetivo, preço R$ 59,90) do jornalista do The New York Times, é sobre a mudança do mundo dos negócios após a queda do muro de Berlim e a explosão do uso da internet.
É de leitura fascinante e, Thomas L. Friedman é profundo conhecedor do assunto sobre o impacto da terceirazação e a mudança em todas as áreas. Como aconteceu com o muro, muitos paradigmas foram derrubados e abriu-se um mundo novo de desafios e oportunidades.
A globalização trouxe muitos benefícios, com muitas opções de produtos e preços mais competitivos, mas ao mesmo tempo, também o desemprego e o medo da insegurança da falta da seguridade social e de uma carreira.
É leitura imprescindível para aqueles que gostam do assunto e, mais ainda para aqueles que estão entrando no mercado de trabalho, pois se ocorreram tantas mudanças nos últimos, muitas coisas ainda virão.
Boa leitura!
É de leitura fascinante e, Thomas L. Friedman é profundo conhecedor do assunto sobre o impacto da terceirazação e a mudança em todas as áreas. Como aconteceu com o muro, muitos paradigmas foram derrubados e abriu-se um mundo novo de desafios e oportunidades.
A globalização trouxe muitos benefícios, com muitas opções de produtos e preços mais competitivos, mas ao mesmo tempo, também o desemprego e o medo da insegurança da falta da seguridade social e de uma carreira.
É leitura imprescindível para aqueles que gostam do assunto e, mais ainda para aqueles que estão entrando no mercado de trabalho, pois se ocorreram tantas mudanças nos últimos, muitas coisas ainda virão.
Boa leitura!
Blogar
Depois da criação da internet, o blog foi a maior inovação. Hoje pelo mundo todo, muitas pessoas conjugam o verbo blogar a todo momento. Blogam sobre todo tipo de assunto e agora qualquer cidadão pode emitir suas opiniões e críticas. Divulgar suas angústias, seus conhecimentos e a cada dia, a blogosfera cresce mais ainda.
Ontem li em um site que a China não vai permitir que seus cidadãos bloguem anonimamente. Um país que cresceu muito, mas ainda não aprendeu a conviver com a democracia que a internet permite. Depois da queda do muro de Berlim, a internet está causando uma revolução em todos os campos. O mundo não mais foi o mesmo depois que começamos a acessar e conviver com o fantástico mundo da web.
Muitos críticos dizem: escrever para quê? Ninguém vai ler o que você escreve. Acontece que o mundo dinâmico da internet, não é necessário que o que escreva seja lido de imediato. O importante é esta informação está lá, disponível para todos, em qualquer lugar, em qualquer hora. Basta ir em um site de busca, digitar a palavra e milhares de informações vêm à sua tela. E para isto acontecer é preciso que milhões e milhões de pessoas estejam escrevendo e colocando informações.
Em uma palestra que assisti sobre blogs em agosto, foi falado sobre o vício de blogar. O blogueiro depois que entra neste mundo, quando surge qualquer idéia ou assunto, imeditamente escreve e já publica. Esta facilidade de divulgar está fazendo com que eliminemos diversas etapas.
Se hoje já está assim, imagine o que nos aguarda no futuro.
Ontem li em um site que a China não vai permitir que seus cidadãos bloguem anonimamente. Um país que cresceu muito, mas ainda não aprendeu a conviver com a democracia que a internet permite. Depois da queda do muro de Berlim, a internet está causando uma revolução em todos os campos. O mundo não mais foi o mesmo depois que começamos a acessar e conviver com o fantástico mundo da web.
Muitos críticos dizem: escrever para quê? Ninguém vai ler o que você escreve. Acontece que o mundo dinâmico da internet, não é necessário que o que escreva seja lido de imediato. O importante é esta informação está lá, disponível para todos, em qualquer lugar, em qualquer hora. Basta ir em um site de busca, digitar a palavra e milhares de informações vêm à sua tela. E para isto acontecer é preciso que milhões e milhões de pessoas estejam escrevendo e colocando informações.
Em uma palestra que assisti sobre blogs em agosto, foi falado sobre o vício de blogar. O blogueiro depois que entra neste mundo, quando surge qualquer idéia ou assunto, imeditamente escreve e já publica. Esta facilidade de divulgar está fazendo com que eliminemos diversas etapas.
Se hoje já está assim, imagine o que nos aguarda no futuro.
sexta-feira, outubro 20, 2006
O sucesso dos blogs
Não há dúvida que os blogs tornaram a maior revolução depois da invenção da internet. A facilidade de expressar suas opiniões e divulgá-las para o mundo todo e rapidamente, está transformando as comunicações e, isto incomoda muitas pessoas e grupos. Um pastor nos Estados Unidos diz que os blogs são contra deus.
Em sua edição de 31 de julho de 2006, a revista Época publicou uma reportagem sobre o sucesso dos blogs.
Em sua edição de 31 de julho de 2006, a revista Época publicou uma reportagem sobre o sucesso dos blogs.
segunda-feira, outubro 09, 2006
A carreira de José de Souza
Todas as pessoas que o conhecem vão concordar: ele é polêmico, visionário, empreendedor e persistente.
E hoje, o setor de transporte rodoviário deve muito a suas idéias e luta para a melhoria dos processos operacionais e administrativos. Exemplos não faltam: o controle da coleta por telefone, a diminuição do tamanho do conhecimento (documento de transporte), a simplificação da fatura, o atendimento a clientes, a informatização dos processos, os tarifários, o código de barras, a adaptação do EDIFACT, o marketing, a formatação de filiais e tantas outras.
É paulista de Guararapes, interior do estado. No final dos anos 60 veio para São Paulo e iniciou sua brilhante carreira na Forest, uma transportadora da qual saíram várias pessoas que tornaram a Dom Vital, uma das maiores empresas de transporte no Brasil. Nesta empresa, implementou quase todas as suas idéias.
Por volta de 1977, quando informática era coisa para universidades e bancos, coordenou a implantação do primeiro sistema desenvolvido para transporte no Brasil, que tornou-se o padrão, utilizado até hoje. Desenvolvido em Basic, este sistema era executado nos equipamentos SISCO. Tempos difíceis no regime militar, quando existia a reserva de mercado de informática e as novidades lançadas no exterior demoravam muito a chegar no país.
A profissionalização do setor de transporte de cargas foi e é uma das suas maiores bandeiras. Buscou muitas pessoas em outros setores e gente nova, com garra e determinação para desenvolver vários projetos.Por isto que a empresa que dirigia tornou-se a maior e melhor empresa do Brasil, ganhando vários prêmios da Revista Exame e outras entidades. A Dom Vital em pesquisas de entidades independentes foi considerada a mais lembrada quanto ao quesito de transporte de cargas e, chegou a faturar US$ 100 milhões, anualmente.
Sob sua coordenação, os sistemas de informática e serviços de coleta e entrega foram formatados, visando atender melhor os clientes. Quando a informação ágil era considerada artigo de luxo, insistia que transportar todo mundo transporta, mas o diferencial estava em entregar rápido e ter as informações do processo nas pontas dos dedos, como dizia Bill Gates.
Quando a ISO 9000 era novidade, coordenou o departamento de qualidade total, conseguindo a certificação da empresa em apenas seis meses.
Com excelente retórica, fez palestras no Sindicato dos Engenheiros, NTC, SETCESP e outras entidades.
Sempre viaja ao exterior com o objetivo de enriquecer os seus conhecimentos e trazer experiências inovadoras.
O início
José de Souza veio passar as férias na casa de sua tia em São Paulo, em 1964. Nesta época trabalhava na contabilidade de uma fazenda, em Guararapes.
Gostou de São Paulo e passou a procurar um emprego, quando se deparou com um anúncio de uma vaga para auxiliar de expedição e exigia que o candidato fosse "exímio datilógrafo". Como já tinha muita prática com a máquina de escrever, e acostumado a trabalhar em fazenda, antes das sete da manhã já estava na porta da empresa. Souza lembra até hoje o endereço: "Avenida do Estado, 5315".
Estava na porta quando chegou uma pessoa e perguntou se era candidato a vaga de auxiliar. Respondeu que sim e então esta pessoa tirou o molho de chaves da cintura e o entregou e disse: "rapaz, o escritório fica ali em cima. Abra o escritório que já vou subir". Esta pessoa era o gerente da empresa, Sr. José Caliendo.
Souza abriu o escritório e em seguida chegou João de Brum e o perguntou se era o candidato e pediu para que fizesse o teste que era copiar na máquina de escrever por cinco minutos alguma matéria do jornal "O Estado de São Paulo". Pegou uma folha, colocou na máquina e começou a copiar num ritmo frenético. João de Brum fez sinal para parar e disse: "garoto você é bom demais".
Quando Sr. José Caliendo entrou no escritório e perguntou a João como fora o teste, este respondeu que o candidato era bom demais e por ele estava contratado. Caliendo perguntou a Souza quanto queria ganhar. Disse um valor razoável, informação lhe passada pela tia e, então Sr. José perguntou se poderia começar imediatamente, respondendo que sim.
E assim, Souza iniciou sua carreira na Forest, uma transportadora conhecida pela sua rapidez e confiança em transportar cargas. Nesta época a empresa tinha unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e muito tempo depois, Curitiba. A empresa foi fundada pela família Forest, de origem italiana.
Voltou a Guararapes para pegar suas coisas e pedir demissão do emprego. Disseram que em menos de trinta dias estaria de volta, mas isto não ocorreu e continua em São Paulo e, trabalhando até hoje.
Ficou morando com a tia por quinze dias e depois passou a morar numa pensão próxima a empresa, e nelas ficavam seus companheiros de trabalho, João de Brum e um sobrinho do Sr. Forest. Souza conta rindo que pegar ônibus por quinze dias foi o suficiente.
E desempenhou bem sua função que em três meses tornou-se chefe do escritório e, em um ano já era gerente. E nestas duas mudanças de cargo, recebeu substancial aumento de salário.
E na Forest, todos os dias existiam enormes desafios, de fazer com que o armazém ficasse limpo, com todas as mercadorias entregues. Sr. José Caliendo era uma pessoa exigente e primava pelo profisionalismo. Dedicava a maior parte de seu tempo a empresa e, estava sempre preocupado e criar novas maneiras da mercadoria ser entregue com maior rapidez e segurança na casa do cliente. Praticava a transparência, sempre dizendo ao cliente o que ocorria e tanto que no conhecimento da empresa tinha a seguinte frase: "Verifique nosso prazo de entrega". Cumpria o que prometia e ainda pedia ao cliente para confirmar.
Souza passou a acompanhar Sr. José Caliendo nos jogos de várzea na Pompéia, onde jogava Lourenço Diaféria, jornalista e escritor. Iam à missa nos domingos pela manhã e depois passavam na empresa para ver se tinha alguma coisa para ser feita, participava das festas de aniversário de suas filhas. Além do profissional, tornaram-se grandes amigos.
A Forest procurava sempre estar na dianteira, usando veículos melhores e métodos inovadores. Certa vez, caiu uma ponte no estado de Santa Catarina. O exército recuperou rapidamente a ponte, mas poderia passar somente ônibus. Os caminhões tinham que fazer um desvio por uma região difícil de tráfego. Souza lembra que saiu na imprensa da época uma reportagem em que a Forest foi a única empresa que conseguiu chegar com as cargas em São Paulo, em tempo hábil.
Quando surgiu os jatos, o Sr. Forest criou o nome "Forjato" e um dos lemas da empresa: "Viajei Forest cheguei bem". A empresa com todas as dificuldades da época, fazia o trecho de São Paulo-Porto Alegre com o prazo de 18 horas e atendia principalmente, a indústria automobilística. O sr. Forest gostava de velocidade e participava de corridas, no autódromo de Interlagos e, por este motivo tinha carros possantes. Palmeirense fanático, sempre convidava os funcionários para assistir os jogos de seu time no final de semana. Sr. José Caliendo no entanto, era corintiano. Tanto que Souza lembra que andava com dois cartões. Um da empresa e outro do Corinthians, benzido pelo Dom Paulo Evaristo Arns, outro corintiano roxo.
As comunicações naqueles anos 60 eram bastante precárias. Tanto que para conseguir um telefonema para Porto Alegre levava dias. E então, usavam para comunicar os embarques, os telegramas da Western Union. E Sr.Forest, José Caliendo e Souza criaram um método para transmitir o máximo de informações possíveis, com o menor custo. Souza exemplifica:
101M597 102D498 TM597 TD597
O que significa isto? No primeiro caso: o caminhão da frota número 101 com carga de miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – no segundo: o caminhão da frota número 102 com carga direta chegará no dia 04 de setembro às 08:00hs – o terceiro: caminhão de terceiro com miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – e o quarto: caminhão de terceiro com carga direta chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs.
Desenvolveram técnicas também para conferir os cálculos dos conhecimentos, manifestos e faturas. E eram eficientes, visto que o quantidade de erros era mínima.
Por volta de 1967, o Coronel Américo Fontenelle causou polêmica ao mudar o fluxo de trânsito na capital paulista. Aconteceram inúmeros protestos e o coronel para implantar suas idéias em vários pontos colocou o exército nas ruas.
O coronel fez uma palestra na auditório da Pirelli no centro de São Paulo para explicar os motivos desta mudança. Sr. José Caliendo convidou Souza para ir e perguntou a este se sabia dirigir o JK, do Sr. Forest. Souza respondeu que sim e foram da Av. do Estado até o centro testando a nova rota imposta pelo coronel e no caminho via os soldados armados. Ao chegarem ao centro, naquela época não existiam estacionamentos e o jeito foi deixar o carro na rua. E descobriram que não conseguiam fechar o carro. Resolveram deixar o carro na rua aberto e ir assistir a palestra. Ao voltarem o carro estava do mesmo jeito que haviam deixado. Bons tempos aqueles, onde havia segurança.
A Forest acabou sendo vendida para o grupo Calçadas que possuia muitos outros negócios como seguradora, revenda de veículos, etc. Com isto, vieram diretores, gerentes e o entusiasmo do grupo perdeu o fôlego.
Moraes trabalhou com o grupo por uns 90 dias e saiu, indo para a empresa Rodovia Dom Vital. Em seguida levou todo o grupo. Alfeu, o último a sair.
O nome mudado de Rodovia Dom Vital para Ultra Rápido Dom Vital e onde este grupo: Moraes, José Caliendo, Souza e Alfeu transformaram esta empresa em uma das maiores no transporte rodoviário de carga do país.
E hoje, o setor de transporte rodoviário deve muito a suas idéias e luta para a melhoria dos processos operacionais e administrativos. Exemplos não faltam: o controle da coleta por telefone, a diminuição do tamanho do conhecimento (documento de transporte), a simplificação da fatura, o atendimento a clientes, a informatização dos processos, os tarifários, o código de barras, a adaptação do EDIFACT, o marketing, a formatação de filiais e tantas outras.
É paulista de Guararapes, interior do estado. No final dos anos 60 veio para São Paulo e iniciou sua brilhante carreira na Forest, uma transportadora da qual saíram várias pessoas que tornaram a Dom Vital, uma das maiores empresas de transporte no Brasil. Nesta empresa, implementou quase todas as suas idéias.
Por volta de 1977, quando informática era coisa para universidades e bancos, coordenou a implantação do primeiro sistema desenvolvido para transporte no Brasil, que tornou-se o padrão, utilizado até hoje. Desenvolvido em Basic, este sistema era executado nos equipamentos SISCO. Tempos difíceis no regime militar, quando existia a reserva de mercado de informática e as novidades lançadas no exterior demoravam muito a chegar no país.
A profissionalização do setor de transporte de cargas foi e é uma das suas maiores bandeiras. Buscou muitas pessoas em outros setores e gente nova, com garra e determinação para desenvolver vários projetos.Por isto que a empresa que dirigia tornou-se a maior e melhor empresa do Brasil, ganhando vários prêmios da Revista Exame e outras entidades. A Dom Vital em pesquisas de entidades independentes foi considerada a mais lembrada quanto ao quesito de transporte de cargas e, chegou a faturar US$ 100 milhões, anualmente.
Sob sua coordenação, os sistemas de informática e serviços de coleta e entrega foram formatados, visando atender melhor os clientes. Quando a informação ágil era considerada artigo de luxo, insistia que transportar todo mundo transporta, mas o diferencial estava em entregar rápido e ter as informações do processo nas pontas dos dedos, como dizia Bill Gates.
Quando a ISO 9000 era novidade, coordenou o departamento de qualidade total, conseguindo a certificação da empresa em apenas seis meses.
Com excelente retórica, fez palestras no Sindicato dos Engenheiros, NTC, SETCESP e outras entidades.
Sempre viaja ao exterior com o objetivo de enriquecer os seus conhecimentos e trazer experiências inovadoras.
O início
José de Souza veio passar as férias na casa de sua tia em São Paulo, em 1964. Nesta época trabalhava na contabilidade de uma fazenda, em Guararapes.
Gostou de São Paulo e passou a procurar um emprego, quando se deparou com um anúncio de uma vaga para auxiliar de expedição e exigia que o candidato fosse "exímio datilógrafo". Como já tinha muita prática com a máquina de escrever, e acostumado a trabalhar em fazenda, antes das sete da manhã já estava na porta da empresa. Souza lembra até hoje o endereço: "Avenida do Estado, 5315".
Estava na porta quando chegou uma pessoa e perguntou se era candidato a vaga de auxiliar. Respondeu que sim e então esta pessoa tirou o molho de chaves da cintura e o entregou e disse: "rapaz, o escritório fica ali em cima. Abra o escritório que já vou subir". Esta pessoa era o gerente da empresa, Sr. José Caliendo.
Souza abriu o escritório e em seguida chegou João de Brum e o perguntou se era o candidato e pediu para que fizesse o teste que era copiar na máquina de escrever por cinco minutos alguma matéria do jornal "O Estado de São Paulo". Pegou uma folha, colocou na máquina e começou a copiar num ritmo frenético. João de Brum fez sinal para parar e disse: "garoto você é bom demais".
Quando Sr. José Caliendo entrou no escritório e perguntou a João como fora o teste, este respondeu que o candidato era bom demais e por ele estava contratado. Caliendo perguntou a Souza quanto queria ganhar. Disse um valor razoável, informação lhe passada pela tia e, então Sr. José perguntou se poderia começar imediatamente, respondendo que sim.
E assim, Souza iniciou sua carreira na Forest, uma transportadora conhecida pela sua rapidez e confiança em transportar cargas. Nesta época a empresa tinha unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e muito tempo depois, Curitiba. A empresa foi fundada pela família Forest, de origem italiana.
Voltou a Guararapes para pegar suas coisas e pedir demissão do emprego. Disseram que em menos de trinta dias estaria de volta, mas isto não ocorreu e continua em São Paulo e, trabalhando até hoje.
Ficou morando com a tia por quinze dias e depois passou a morar numa pensão próxima a empresa, e nelas ficavam seus companheiros de trabalho, João de Brum e um sobrinho do Sr. Forest. Souza conta rindo que pegar ônibus por quinze dias foi o suficiente.
E desempenhou bem sua função que em três meses tornou-se chefe do escritório e, em um ano já era gerente. E nestas duas mudanças de cargo, recebeu substancial aumento de salário.
E na Forest, todos os dias existiam enormes desafios, de fazer com que o armazém ficasse limpo, com todas as mercadorias entregues. Sr. José Caliendo era uma pessoa exigente e primava pelo profisionalismo. Dedicava a maior parte de seu tempo a empresa e, estava sempre preocupado e criar novas maneiras da mercadoria ser entregue com maior rapidez e segurança na casa do cliente. Praticava a transparência, sempre dizendo ao cliente o que ocorria e tanto que no conhecimento da empresa tinha a seguinte frase: "Verifique nosso prazo de entrega". Cumpria o que prometia e ainda pedia ao cliente para confirmar.
Souza passou a acompanhar Sr. José Caliendo nos jogos de várzea na Pompéia, onde jogava Lourenço Diaféria, jornalista e escritor. Iam à missa nos domingos pela manhã e depois passavam na empresa para ver se tinha alguma coisa para ser feita, participava das festas de aniversário de suas filhas. Além do profissional, tornaram-se grandes amigos.
A Forest procurava sempre estar na dianteira, usando veículos melhores e métodos inovadores. Certa vez, caiu uma ponte no estado de Santa Catarina. O exército recuperou rapidamente a ponte, mas poderia passar somente ônibus. Os caminhões tinham que fazer um desvio por uma região difícil de tráfego. Souza lembra que saiu na imprensa da época uma reportagem em que a Forest foi a única empresa que conseguiu chegar com as cargas em São Paulo, em tempo hábil.
Quando surgiu os jatos, o Sr. Forest criou o nome "Forjato" e um dos lemas da empresa: "Viajei Forest cheguei bem". A empresa com todas as dificuldades da época, fazia o trecho de São Paulo-Porto Alegre com o prazo de 18 horas e atendia principalmente, a indústria automobilística. O sr. Forest gostava de velocidade e participava de corridas, no autódromo de Interlagos e, por este motivo tinha carros possantes. Palmeirense fanático, sempre convidava os funcionários para assistir os jogos de seu time no final de semana. Sr. José Caliendo no entanto, era corintiano. Tanto que Souza lembra que andava com dois cartões. Um da empresa e outro do Corinthians, benzido pelo Dom Paulo Evaristo Arns, outro corintiano roxo.
As comunicações naqueles anos 60 eram bastante precárias. Tanto que para conseguir um telefonema para Porto Alegre levava dias. E então, usavam para comunicar os embarques, os telegramas da Western Union. E Sr.Forest, José Caliendo e Souza criaram um método para transmitir o máximo de informações possíveis, com o menor custo. Souza exemplifica:
101M597 102D498 TM597 TD597
O que significa isto? No primeiro caso: o caminhão da frota número 101 com carga de miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – no segundo: o caminhão da frota número 102 com carga direta chegará no dia 04 de setembro às 08:00hs – o terceiro: caminhão de terceiro com miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – e o quarto: caminhão de terceiro com carga direta chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs.
Desenvolveram técnicas também para conferir os cálculos dos conhecimentos, manifestos e faturas. E eram eficientes, visto que o quantidade de erros era mínima.
Por volta de 1967, o Coronel Américo Fontenelle causou polêmica ao mudar o fluxo de trânsito na capital paulista. Aconteceram inúmeros protestos e o coronel para implantar suas idéias em vários pontos colocou o exército nas ruas.
O coronel fez uma palestra na auditório da Pirelli no centro de São Paulo para explicar os motivos desta mudança. Sr. José Caliendo convidou Souza para ir e perguntou a este se sabia dirigir o JK, do Sr. Forest. Souza respondeu que sim e foram da Av. do Estado até o centro testando a nova rota imposta pelo coronel e no caminho via os soldados armados. Ao chegarem ao centro, naquela época não existiam estacionamentos e o jeito foi deixar o carro na rua. E descobriram que não conseguiam fechar o carro. Resolveram deixar o carro na rua aberto e ir assistir a palestra. Ao voltarem o carro estava do mesmo jeito que haviam deixado. Bons tempos aqueles, onde havia segurança.
A Forest acabou sendo vendida para o grupo Calçadas que possuia muitos outros negócios como seguradora, revenda de veículos, etc. Com isto, vieram diretores, gerentes e o entusiasmo do grupo perdeu o fôlego.
Moraes trabalhou com o grupo por uns 90 dias e saiu, indo para a empresa Rodovia Dom Vital. Em seguida levou todo o grupo. Alfeu, o último a sair.
O nome mudado de Rodovia Dom Vital para Ultra Rápido Dom Vital e onde este grupo: Moraes, José Caliendo, Souza e Alfeu transformaram esta empresa em uma das maiores no transporte rodoviário de carga do país.
segunda-feira, outubro 02, 2006
Corredor Literário
Está sendo realizado esta semana na Avenida Paulista, a segunda edição do Corredor Literário. Muitos eventos estão progamados.
A feira de livros este ano acontece em um espaço na FIESP. Estive hoje por lá e ainda os livreiros estão arrumando as barracas. Existem muitas opções e promoções. A editora Francis está presente e, com promoções em diversos títulos.
A feira de livros este ano acontece em um espaço na FIESP. Estive hoje por lá e ainda os livreiros estão arrumando as barracas. Existem muitas opções e promoções. A editora Francis está presente e, com promoções em diversos títulos.
domingo, agosto 27, 2006
Mimeógrafo
Pouco gente se lembra desta equipamento, muito usado nas escolas por décadas para fazer cópias de textos e provas. Em alguns lugares, o mimeógrafo ainda é utilizado. Esta maravilhosa invenção do grande, Thomás Alva Edison, permitiu a disseminação da cultura, para pequenas tiragens.
Por todo o Brasil, publicava-se jornalzinhos e fanzines utilizando o mimeógrafo com meio de impressão. Era trabalhoso, precisa ter muito cuidado ao datilografar para vazar a matriz. Um matriz de carbono produzia no máximo 40 cópias, sendo as últimas não muito legível.
Tempos depois apareceu o mimeógrafo à tinta, com melhor qualidade. As primeiras e últimas cópias eram iguais.
Quantos poetas e escritores distribuiam seus primeiros trabalhos mimeografados? As coisas modernizaram bastante e hoje o meio usado para isto é o blog.
Por todo o Brasil, publicava-se jornalzinhos e fanzines utilizando o mimeógrafo com meio de impressão. Era trabalhoso, precisa ter muito cuidado ao datilografar para vazar a matriz. Um matriz de carbono produzia no máximo 40 cópias, sendo as últimas não muito legível.
Tempos depois apareceu o mimeógrafo à tinta, com melhor qualidade. As primeiras e últimas cópias eram iguais.
Quantos poetas e escritores distribuiam seus primeiros trabalhos mimeografados? As coisas modernizaram bastante e hoje o meio usado para isto é o blog.
YouTube
O site YouTube já virou um febre na internet. E nele é possível assistir muitos clipes que você não encontra em DVD, principalmente dos grupos e banda dos anos 70 e 80, que fizeram a melhor música de todos os tempos.
Vai uma dica a música Sara de Jefferson Starship. Excelente música e clipe. E outra raridade um clipe da Donna Summer em início de carreira, cantando a música "The hostage".
Vai uma dica a música Sara de Jefferson Starship. Excelente música e clipe. E outra raridade um clipe da Donna Summer em início de carreira, cantando a música "The hostage".
sexta-feira, agosto 25, 2006
Loucuras por uma aventura amorosa
Todos nós sabemos de histórias das loucuras que certas pessoas fazem para ter uma aventura amorosa. Inventar desculpas e depois criar todo um cenário e condições para que aquilo seja aceito como verdade. Mas existem umas que passam dos limites. Uma pessoa chegou a viajar de avião de São Paulo a Brasília para encontrar uma pessoa e voltar no final da tarde, sem que a esposa soubesse. Imagine se acontece uma tragédia?
E estes encontros todos marcados pela internet e o mais interessante a mulher de Brasília é que pagava todas as despesas.
Outra vez, esta mesma pessoa para ter um encontro, inventou para a esposa que ia pescar com amigos no final de semana. E para isto, combinou com um dos amigos, que sabia do encontro, para passar em sua casa e lá carregaram todos os apetrechos de pesca, tais como: varas, anzóis, chapéu, comida e outras coisas. E partiu para um final de semana agradável com a amante. No domingo, passou na casa do amigo e colocou de novo os apetrechos no carro e o sujou com areia, para a história ficar convicente.
E estes encontros todos marcados pela internet e o mais interessante a mulher de Brasília é que pagava todas as despesas.
Outra vez, esta mesma pessoa para ter um encontro, inventou para a esposa que ia pescar com amigos no final de semana. E para isto, combinou com um dos amigos, que sabia do encontro, para passar em sua casa e lá carregaram todos os apetrechos de pesca, tais como: varas, anzóis, chapéu, comida e outras coisas. E partiu para um final de semana agradável com a amante. No domingo, passou na casa do amigo e colocou de novo os apetrechos no carro e o sujou com areia, para a história ficar convicente.
Jaguar na Primavera dos Livros
A palestra do Jaguar, no dia 20 de agosto, na Primavera dos Livros foi sensacional, como já contei em post anterior.
Vou relatar ainda mais algumas coisas que contou. Disse que um dos censores do Pasquim, o General Juarez Pinheiro, pai da Helô Pinheiro. Eles descobriram que o general tinha uma garçoniére, um apartamento usado para encontros, antecessor do motel e, tinham que levar lá as matérias para serem analisadas se poderiam ou não serem publicados. E quando a moça chegava, o general mandava que entrasse e ficasse aguardando e daí em diante a análise das matérias não era minuciosa. E o general Pinheiro foi demitido do emprego de censor, porque certa vez deixou passar uma entrevista com uma antropóloga americana que dizia ser o Brasil o país mais racista que havia conhecido. Depois deste fato, as matérias tinham que ser enviadas para Brasília para serem aprovadas.
Quando chegaram à casa de Jânio Quadros, este disse que ele teria apenas 30 minutos e no final, a entrevista durou mais de duas horas. Jânio ofereceu bebida e Jaguar aceitou, depois almoçaram e ainda acabou deitado no gramado da casa. E já tinham programado em seguida outra entrevista com Adelaide Carraro, autora do livro "Eu e o governador".
Contou que um da turma, Hugo Bidê tinha um rato branco. E este rato ficava com eles em bares da rua dos Jangadeiros. Molhavam pão com genebra de davam para o rato e este tornou-se depois o símbolo do jornal. Ocorreu que certa vez, o rato caiu de um parapeito e machucou-se. Como gostavam muito do rato, o levaram até o Hospital Miguel Couto para ser atendido e com este foi negado, o rato acabou morrendo, depois deles brigarem com os médicos.
Na sua opinião o maior trabalho era o título da capa. E acontecia constantemente de 30 minutos antes de fechar a edição e este ainda não ter sido definido. E no final, Jaguar disse que tudo dava certo. Falou ainda de Basbado, o cachorro que atuou em uma peça com a Leila Diniz. Era um foxy-terrier e só comia filé-mignon. Este cachorro pegava ônibus e atuava com perfeição, um verdadeiro artista e ainda por cima, disciplinado. Quando a Leila Diniz estava na praia e aparecia algum engraçadinho com cantadas, Basbado entrava no mar e chegar perto do galã balançava o corpo e o molhava, provocando risos nos frequentadores.
Finalizou contando sobre a devolução da medalha que recebeu da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Disse que estava em um bar e comentou que se Roberto Jeferson recebesse uma, devolveria a sua. Dias depois, saiu isto publicado na coluna do Anselmo Góis e como aquele fato se confirmou, foi pessoalmente devolver, sendo estampado como manchete no dia seguinte no jornal "O Dia". E ironizando disse que tentou usar a medalha como suporte do copo de chopp, mas nem isto ela servia pois era em alto relevo. Muitos risos e seguido de uma salva de palmas.
E Jaguar merece. Além de um excelente cartunista é um bom contador de histórias.
Vou relatar ainda mais algumas coisas que contou. Disse que um dos censores do Pasquim, o General Juarez Pinheiro, pai da Helô Pinheiro. Eles descobriram que o general tinha uma garçoniére, um apartamento usado para encontros, antecessor do motel e, tinham que levar lá as matérias para serem analisadas se poderiam ou não serem publicados. E quando a moça chegava, o general mandava que entrasse e ficasse aguardando e daí em diante a análise das matérias não era minuciosa. E o general Pinheiro foi demitido do emprego de censor, porque certa vez deixou passar uma entrevista com uma antropóloga americana que dizia ser o Brasil o país mais racista que havia conhecido. Depois deste fato, as matérias tinham que ser enviadas para Brasília para serem aprovadas.
Quando chegaram à casa de Jânio Quadros, este disse que ele teria apenas 30 minutos e no final, a entrevista durou mais de duas horas. Jânio ofereceu bebida e Jaguar aceitou, depois almoçaram e ainda acabou deitado no gramado da casa. E já tinham programado em seguida outra entrevista com Adelaide Carraro, autora do livro "Eu e o governador".
Contou que um da turma, Hugo Bidê tinha um rato branco. E este rato ficava com eles em bares da rua dos Jangadeiros. Molhavam pão com genebra de davam para o rato e este tornou-se depois o símbolo do jornal. Ocorreu que certa vez, o rato caiu de um parapeito e machucou-se. Como gostavam muito do rato, o levaram até o Hospital Miguel Couto para ser atendido e com este foi negado, o rato acabou morrendo, depois deles brigarem com os médicos.
Na sua opinião o maior trabalho era o título da capa. E acontecia constantemente de 30 minutos antes de fechar a edição e este ainda não ter sido definido. E no final, Jaguar disse que tudo dava certo. Falou ainda de Basbado, o cachorro que atuou em uma peça com a Leila Diniz. Era um foxy-terrier e só comia filé-mignon. Este cachorro pegava ônibus e atuava com perfeição, um verdadeiro artista e ainda por cima, disciplinado. Quando a Leila Diniz estava na praia e aparecia algum engraçadinho com cantadas, Basbado entrava no mar e chegar perto do galã balançava o corpo e o molhava, provocando risos nos frequentadores.
Finalizou contando sobre a devolução da medalha que recebeu da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Disse que estava em um bar e comentou que se Roberto Jeferson recebesse uma, devolveria a sua. Dias depois, saiu isto publicado na coluna do Anselmo Góis e como aquele fato se confirmou, foi pessoalmente devolver, sendo estampado como manchete no dia seguinte no jornal "O Dia". E ironizando disse que tentou usar a medalha como suporte do copo de chopp, mas nem isto ela servia pois era em alto relevo. Muitos risos e seguido de uma salva de palmas.
E Jaguar merece. Além de um excelente cartunista é um bom contador de histórias.
Plágio
Um dos assuntos discutidos na palestra das blogueiras no sábado, dia 19 de agosto, foi o problema de plágio de textos. E hoje com a facilidade de comunicação e acesso, isto virou uma verdadeira praga. Muita gente traduz textos copiados da internet e, sem nenhum escrúpulo coloca seu nome como autor.
Muitos estudantes utilizam a técnica de usar uma ferramenta de busca, fazem uma colagem e, entregam ao professor um trabalho como se fosse elaborado por ele. Atualmente, os comandos mais populares são Control+C e o Control+V, permitindo e facilitando a cópia de textos. Este assunto ainda precisa ser bastante discutido, uma vez que muitas pessoas que foram plagiadas, também plageiam, pois ao escrever uma matéria, usam na maioria das vezes, ferramentas de busca, e copiam um trecho ou vários e às vezes, não citam a fonte.
As novas tecnologias trouxeram a facilidade de cópias e o problema de uso não autorizado. É quase certo que num futuro próximo, novas regulamentações surgirão. E falando de plágio, Décio Valente publicou anos atrás um livro "O Plágio", onde conta casos em obras literárias. Gabriel Perissé escreveu um texto interessante "O Conceito de Plágio Criativo".
Uma leitora do blog Querido Leitor descobriu que vários textos escritos pela jornalista Rosana Hermann estavam sendo plagiados por um jornalista de Santa Catarina e, ela publicou vários posts a respeito do caso.
Muitos estudantes utilizam a técnica de usar uma ferramenta de busca, fazem uma colagem e, entregam ao professor um trabalho como se fosse elaborado por ele. Atualmente, os comandos mais populares são Control+C e o Control+V, permitindo e facilitando a cópia de textos. Este assunto ainda precisa ser bastante discutido, uma vez que muitas pessoas que foram plagiadas, também plageiam, pois ao escrever uma matéria, usam na maioria das vezes, ferramentas de busca, e copiam um trecho ou vários e às vezes, não citam a fonte.
As novas tecnologias trouxeram a facilidade de cópias e o problema de uso não autorizado. É quase certo que num futuro próximo, novas regulamentações surgirão. E falando de plágio, Décio Valente publicou anos atrás um livro "O Plágio", onde conta casos em obras literárias. Gabriel Perissé escreveu um texto interessante "O Conceito de Plágio Criativo".
Uma leitora do blog Querido Leitor descobriu que vários textos escritos pela jornalista Rosana Hermann estavam sendo plagiados por um jornalista de Santa Catarina e, ela publicou vários posts a respeito do caso.
Breve história da música sertaneja
A música sertaneja passou em sua história por diversas fases. O início com duplas de violeiros trazidos do interior de São Paulo, por Cornélio Pires para apresentarem em teatros e gravarem discos. Os grandes nomes desta fase foram: Mariano e Caçula, Mandi e Sorocabinha, Paraguassu e Sebastiãozinho, além do próprio Cornélio.
Nos anos 50 várias apareceram as primeiras gravações de boleros, guarânias e rasqueado. Em 1956 a dupla Cascatinha e Inhana gravaram duas guarânias Índia e Meu Primeiro Amor, com versões feitas por José Fortuna (que tornaria um grande compositor da música sertaneja nos ano 70 e 80). A dupla Palmeira e Biá gravou em 1958 a música "Boneca Cobiçada", autoria de Bolinha e Biá. O sucesso foi tanto que Palmeira tornou-se diretor artístico da gravadora Chantecler. Palmeira e Biá gravam também neste mesmo ano Ana Paula, versão italiana de um rock-balada.
No início dos anos 60, o goiano Miltinho Rodrigues fez dupla com Tibagi e gravam Malagueña, a primeira música a usar instrumentos eletrônicos, como contrabaixo e bateria. A música não obteve sucesso esperado pela gravadora, devido a inovação. Naquele início de anos 60, os sucessos eram o rock dos Beatles e o iê, iê, iê de Roberto Carlos. As duplas além de mudarem o estilo musical, o visual também foi alterado. Misturando música mexicana, paraguaia, mato-grossense, italiana, bolero, etc surgiu então a denominada jovem música sertaneja. Em 1961, o Duo Glacial formado pelos irmãos Miguel e Aninha gravam a música "Orgulho" de José Fortuna e ganham o 1º lugar no Festival Sertanejo da Rádio Nacional. A dupla Pedro Bento e Zé da Estrada conseguiram seu primeiro sucesso em 1957, com uma valsa "Seresteiro da Lua" e em seguida seria a dupla que mais gravaria música do tipo "mariachi". Entraram embalados com o sucesso obtido por Miguel Aceves Mejía, figura extravagante com seu chapelão mexicano, vozeirão e emoção desbragada. As duplas queriam gravar rancheiras e com o som vibrante dos sopros mariachis, elementos que foram incorporados a música.
O caminho a ser seguido apontava para Belmonte e Amaraí e Tibagi e Miltinho que tinham incluído nos seus discos orquestas e guitarras, mas o repertório continuava com as guarânias, boleros e rancheiras. Eis que surge Léo Canhoto e Robertinho em 1969, com o discurso de modernização da música. As gravadoras gostaram disso e apostaram. Misturaram os trajes de boiadeiro e roqueiro. Camisas com cores berrantes abertas ao peito, grandes medalhões no pescoço e pulseiras nos braços. Os cabelos grandes. E na capa do disco apareciam montados em possantes motocicletas. A ala tradicional da música chiou, mas o caminho a seguir daí em diante era este. A dupla foi discriminada nos corredores da gravadora e nas rádios, mas o sucesso veio que uma forma devastadora. Batiam todos os recordes de vendas no disco, os circos lotados e as fãs quase enlouqueciam. Sem dúvida alguma, Léo Canhoto e Robertinho tiveram grande importância na renovação da música sertaneja.
Os filmes de bang-bang italianos faziam muito sucesso nesta época e também influenciaram as duplas, assim como também o western americano. No rastro de Léo Canhoto e Robertinho vieram muitas outras duplas, tais como Milionário e Zé Rico. Este estilo de música duraria todo os anos 70. Diz Paulo Rocco, diretor artístico da Continental que "antigamente gravava-se em um ou dois dias e a qualidade era péssima". Aos poucos, os sertanejos foram melhorando a qualidade de seus trabalhos, com a ajuda de profissionais que trabalhavam com cantores brasileiros que gravavam em inglês, tipo de música de muito sucesso nos anos 70 e do qual podemos citar Fábio Júnior e Chrystian (da dupla Crystian e Ralf). Com estes profissionais a parte técnica melhorou e o visual das capas dos discos. "Em 1981 lancei Carlos Cezar e Cristiano e pela primeira vez a música sertaneja utilizou-se de trabalho de marketing sério", diz Daniel Salinas, conceituado maestro no meio sertanejo.
Em 1982, outro marco na música sertaneja. Chitãozinho e Xororó, com mais de 10 anos de estrada lançam a música "Fio de Cabelo" que bateu a marca de um milhão e meio de cópias vendidas. Daí em diante as rancheiras e guarânias ganharam uma roupagem pop separando de vez a música tradicional da jovem música sertaneja. A música "De igual prá igual" da dupla Matogrosso e Mathias seria o grande sucesso de 1985. Roberta Miranda que fez parceria com Matogrosso nesta música ficaria famosa e emplacaria vários sucessos na sua voz e na de outras duplas, nos anos seguintes. Em 1986, com a música "Contradições" de Martinha e César Augusto, os espaços nas rádios abriram para Leandro e Leonardo. A consolidação do sucesso viria em seguida com "Solidão", composto por um desconhecido, Zezé di Camargo. Em 1989 viria a explosão do sucesso de Leandro e Leonardo com "Entre Tapas e Beijos".
Na era Collor, em 1991, Zezé di Camargo e Luciano estouram com a música "É o Amor" e depois não mais sairiam das paradas de sucesso, juntamente com Chitãozinho de Xororó e Leandro e Leonardo.
Artigo escrito baseado nos livros "Música Caipira-Da Roça ao Rodeio" de Rosa Nepomuceno; "O que é Música Sertaneja" de Waldenyr Caldas; e "Jornal Sertanejo" edição Nº 153.
Nos anos 50 várias apareceram as primeiras gravações de boleros, guarânias e rasqueado. Em 1956 a dupla Cascatinha e Inhana gravaram duas guarânias Índia e Meu Primeiro Amor, com versões feitas por José Fortuna (que tornaria um grande compositor da música sertaneja nos ano 70 e 80). A dupla Palmeira e Biá gravou em 1958 a música "Boneca Cobiçada", autoria de Bolinha e Biá. O sucesso foi tanto que Palmeira tornou-se diretor artístico da gravadora Chantecler. Palmeira e Biá gravam também neste mesmo ano Ana Paula, versão italiana de um rock-balada.
No início dos anos 60, o goiano Miltinho Rodrigues fez dupla com Tibagi e gravam Malagueña, a primeira música a usar instrumentos eletrônicos, como contrabaixo e bateria. A música não obteve sucesso esperado pela gravadora, devido a inovação. Naquele início de anos 60, os sucessos eram o rock dos Beatles e o iê, iê, iê de Roberto Carlos. As duplas além de mudarem o estilo musical, o visual também foi alterado. Misturando música mexicana, paraguaia, mato-grossense, italiana, bolero, etc surgiu então a denominada jovem música sertaneja. Em 1961, o Duo Glacial formado pelos irmãos Miguel e Aninha gravam a música "Orgulho" de José Fortuna e ganham o 1º lugar no Festival Sertanejo da Rádio Nacional. A dupla Pedro Bento e Zé da Estrada conseguiram seu primeiro sucesso em 1957, com uma valsa "Seresteiro da Lua" e em seguida seria a dupla que mais gravaria música do tipo "mariachi". Entraram embalados com o sucesso obtido por Miguel Aceves Mejía, figura extravagante com seu chapelão mexicano, vozeirão e emoção desbragada. As duplas queriam gravar rancheiras e com o som vibrante dos sopros mariachis, elementos que foram incorporados a música.
O caminho a ser seguido apontava para Belmonte e Amaraí e Tibagi e Miltinho que tinham incluído nos seus discos orquestas e guitarras, mas o repertório continuava com as guarânias, boleros e rancheiras. Eis que surge Léo Canhoto e Robertinho em 1969, com o discurso de modernização da música. As gravadoras gostaram disso e apostaram. Misturaram os trajes de boiadeiro e roqueiro. Camisas com cores berrantes abertas ao peito, grandes medalhões no pescoço e pulseiras nos braços. Os cabelos grandes. E na capa do disco apareciam montados em possantes motocicletas. A ala tradicional da música chiou, mas o caminho a seguir daí em diante era este. A dupla foi discriminada nos corredores da gravadora e nas rádios, mas o sucesso veio que uma forma devastadora. Batiam todos os recordes de vendas no disco, os circos lotados e as fãs quase enlouqueciam. Sem dúvida alguma, Léo Canhoto e Robertinho tiveram grande importância na renovação da música sertaneja.
Os filmes de bang-bang italianos faziam muito sucesso nesta época e também influenciaram as duplas, assim como também o western americano. No rastro de Léo Canhoto e Robertinho vieram muitas outras duplas, tais como Milionário e Zé Rico. Este estilo de música duraria todo os anos 70. Diz Paulo Rocco, diretor artístico da Continental que "antigamente gravava-se em um ou dois dias e a qualidade era péssima". Aos poucos, os sertanejos foram melhorando a qualidade de seus trabalhos, com a ajuda de profissionais que trabalhavam com cantores brasileiros que gravavam em inglês, tipo de música de muito sucesso nos anos 70 e do qual podemos citar Fábio Júnior e Chrystian (da dupla Crystian e Ralf). Com estes profissionais a parte técnica melhorou e o visual das capas dos discos. "Em 1981 lancei Carlos Cezar e Cristiano e pela primeira vez a música sertaneja utilizou-se de trabalho de marketing sério", diz Daniel Salinas, conceituado maestro no meio sertanejo.
Em 1982, outro marco na música sertaneja. Chitãozinho e Xororó, com mais de 10 anos de estrada lançam a música "Fio de Cabelo" que bateu a marca de um milhão e meio de cópias vendidas. Daí em diante as rancheiras e guarânias ganharam uma roupagem pop separando de vez a música tradicional da jovem música sertaneja. A música "De igual prá igual" da dupla Matogrosso e Mathias seria o grande sucesso de 1985. Roberta Miranda que fez parceria com Matogrosso nesta música ficaria famosa e emplacaria vários sucessos na sua voz e na de outras duplas, nos anos seguintes. Em 1986, com a música "Contradições" de Martinha e César Augusto, os espaços nas rádios abriram para Leandro e Leonardo. A consolidação do sucesso viria em seguida com "Solidão", composto por um desconhecido, Zezé di Camargo. Em 1989 viria a explosão do sucesso de Leandro e Leonardo com "Entre Tapas e Beijos".
Na era Collor, em 1991, Zezé di Camargo e Luciano estouram com a música "É o Amor" e depois não mais sairiam das paradas de sucesso, juntamente com Chitãozinho de Xororó e Leandro e Leonardo.
Artigo escrito baseado nos livros "Música Caipira-Da Roça ao Rodeio" de Rosa Nepomuceno; "O que é Música Sertaneja" de Waldenyr Caldas; e "Jornal Sertanejo" edição Nº 153.
Muita gente escrevendo
Indo numa feira como a Primavera dos Livros, é que temos idéia de quantas pessoas escrevem e também são editados. Nos corredores ouvia-se as pessoas comentando e mostrando seus textos. Muita crônica e principalmente, poesia. Será que não existem livros demais no mundo?
Palestra das blogueiras
Muitos posts em diversos blogs, sobre a palestra de sábado, "Blog é literatura?", na Primavera dos Livros. Embora tenha durado pouco mais de uma hora, o tema é tão interessante que poderia ter sido extendido. Mas temos a opção de continuar discutindo este assunto pelo blog.
Lucia Carvalho do blog Frankamente publicou um artigo enorme, contando a palestra em todos os detalhes. Outro relato muito bom no blog do Idelber. A Ivana Arruda Leite, do blog Doidivana, sempre simpática, elogiou a cobertura deste blog.
Lucia Carvalho do blog Frankamente publicou um artigo enorme, contando a palestra em todos os detalhes. Outro relato muito bom no blog do Idelber. A Ivana Arruda Leite, do blog Doidivana, sempre simpática, elogiou a cobertura deste blog.
Mudanças pela informática
Acho que no mundo nunca se escreveu tanto como agora com o advento da internet. Para se comunicar pelo e-mail, orkut ou messager é preciso escrever. E isto está trazendo mudanças na linguagem. A abreviação é bastante usada e é quase certo que no futuro tudo isto se refletirá em nossa ortografia. No passado usava-se "Vossa Mercê" em seguida "Vosmecê", depois "Você" e agora na internet "vc". Onde será que vai parar?
Com o lançamento do sistema operacional Windows 3.11, trouxe o ambiente gráfico, isto é, usava ícones ao invés do usuário ter que digitar comandos enormes. A informática ficou mais interativa e permitiu seu enorme crescimento. Interessante ressaltar, que a invenção do ambiente gráfico ocorreu na Xerox, em Palo Alto, Califórnia e, implementado nos computadores Apple pelo visionário Steve Jobs e que, tempos depois foi um dos responsáveis pelo sucessos da Pixar, muito conhecida por seus excelentes desenhos animados.
Com o lançamento do sistema operacional Windows 3.11, trouxe o ambiente gráfico, isto é, usava ícones ao invés do usuário ter que digitar comandos enormes. A informática ficou mais interativa e permitiu seu enorme crescimento. Interessante ressaltar, que a invenção do ambiente gráfico ocorreu na Xerox, em Palo Alto, Califórnia e, implementado nos computadores Apple pelo visionário Steve Jobs e que, tempos depois foi um dos responsáveis pelo sucessos da Pixar, muito conhecida por seus excelentes desenhos animados.
Perenidade
Na palestra sobre "Blog é literatura?" discutiu-se muito se o livro seria mais perene do que o blog. As opiniões foram as mais diversas. Disseram que muitas vezes, fazem um post sobre um assunto que depois poderia virar uma crônica ou até mesmo um romance. Mas depois de publicado, perde-se o interesse devido aquele fato já ter sido divulgado.
O fato de ser publicado em livro não garante a perenidade, pois muitos exemplares quando não vendidos, viram polpa ou vendidos em bancas de saldão. E se a obra não fôr de boa qualidade vai ficar empoeirando na estante.
O fato de ser publicado em livro não garante a perenidade, pois muitos exemplares quando não vendidos, viram polpa ou vendidos em bancas de saldão. E se a obra não fôr de boa qualidade vai ficar empoeirando na estante.
Primavera dos Livros
A feira aconteceu neste final de semana, no Centro Cultural de São Paulo, na Vergueiro e, contou com a presença de pequenas editoras. Muitas lançamentos e também promoções. A editora Francis estava vendendo excelentes livros a R$ 9,90 e R$ 14,90.
A editora Barracuda com destaque para o lançamento de Rádio Guerrilha - Rock e Resistência em Belgrado, a história da rádio sérvia B92, montada por um grupo de jovens que se opunham ao governo de Slobodan Milosevic. Esta editora também publica alguns livros de Edward Bunker.
A editora Barracuda com destaque para o lançamento de Rádio Guerrilha - Rock e Resistência em Belgrado, a história da rádio sérvia B92, montada por um grupo de jovens que se opunham ao governo de Slobodan Milosevic. Esta editora também publica alguns livros de Edward Bunker.
Jaguar e o Pasquim
A palestra aconteceu no salão Primavera e mediada por Marta Batalha, diretora da editora Desiderata e responsável pelo lançamento do volume 1 de uma antologia do Pasquim, compreendendo o período de 1969 a 1970.
Jaguar começou dizendo que nunca gostou de trabalhar e menos ainda agora que está velho, arrancando gargalhadas na platéia e que Marta fazia jus a seu nome. A primeira pergunta de Marta Batalha foi a de sempre "como surgiu o Pasquim?". Jaguar contou que a primeira edição saiu com 20000 exemplares, contra a sua vontade. E já na primeira edição atingiu 80000 exemplares. E em seis meses estava na marca dos 200000 exemplares. E que isto aconteceu pois tinha em seu quadro o primeiro time da imprensa brasileira, pois muitos estavam desempregados devido a perseguição da ditadura militar.
Marta ressaltou que ficaram impressionados em descobrir que Vinicius de Moraes também escrevia nos primeiros números do Pasquim. Jaguar contou que muitos não sabem, mas ele também escrevia crítica de cinema no "Última Hora", e contava tudo que acontecia nos filmes. E segundo Jaguar, os textos são excelentes e valem à pena serem transformados em livro. Jaguar disse que constantemente, pessoas o achavam parecido com Vinicius. E que certa vez em Brasília uma pessoa o achou parecido com o Vinícius e mais ainda com o "falecido Jaguar". Muitos risos na platéia.
Em seguida passou a contar detalhes de sua prisão. Marta lembrou que ele e o Paulo Francis ficavam lendo Freud de cueca na cela. Jaguar contou que estava escondido em Arraial do Cabo, na casa do apresentador Flávio Cavalcanti. E na casa estava também a Leila Diniz. Recebeu um telefonema de Paulo Francis que já estava preso e que os milares só iam soltá-lo se ele e o Sérgio Cabral se apresentassem. Reclamou e Francis encerrou a ligação dizendo que a decisão de se entrega ficava com a sua consciência.
Disse que Flávio Rangel adorava ser preso. Pegou um táxi e foi até a casa de Flávio Rangel e este já estava com uma mala enorme. Perguntou para aquilo se iam somente dar um depoimento. Passaram e pegaram o Sérgio Cabral e foram para o Quartel dos Paraquedistas. Ao se aproximar resolveu voltar e Sérgio perguntou-lhe se tinha se arrependido. Jaguar respondeu que não, mas queria tomar uma dose antes. Ficou preso por sessenta dias e segundo, foram os "dois meses mais felizes de minha vida". Acordava de manhã e não tinha o que fazer, senão ler. E leu Ulisses e obras de Tolstoi, livros tão grandes que somente preso teria coragem de ler. Jaguar disse que neste tempo de prisão só ocorreu um ato de violência, o Luiz Carlos Maciel também companheiro, tinha um cabelo enorme e os militares se invocaram e resolveram cortá-lo. Foi preciso vários homens para segurá-lo. Os demais presos resolveram fazer uma greve de fome e Jaguar não concordou, pois já estava preso e ainda tinha que passar fome. Ele e o Flavio Rangel ficavam lendo a Revista do Clube Militar e faziam piadas das bravuras do militares. Passaram o natal na cadeia e o restaurante Antonio’s mandou perú assado, rabanada e outros tipos de comida. Sérgio Cabral e Ziraldo ficavam chorando por estarem longe da família. E assistiram o programa do Roberto Carlos.
Lembrou que um dos tenentes na época, conhecido por Macieira, tempos depois abriu um restaurante gay em San Francisco, EUA. E dos dois censores do Pasquim: Mariana e Juarez Pinheiro. Comentou sobre a entrevista de Flávio Cavalcanti do qual não participou e a com Jânio Quadros onde tomaram todas e ele acabou dormindo no gramado, assunto do qual depois fez uma crônica. No seu entender, a maior contribuição do Pasquim foi para a mudança da linguagem jornalística da imprensa brasileira.
E disse que ao fazer o Pasquim, o maior trabalho era colocar o título na capa. Finalizando disse que o ambiente da redação do Pasquim era de total liberdade e em sua mesa sempre tinha uma garrafa de uísque e conversavam aos berros.
Hoje, acha o ambiente das redações deprimentes, com as pessoas trabalhando numa baia e a conversa feito somente por meio do computador. Em seguida, Jaguar autografou a coletânia.
Jaguar começou dizendo que nunca gostou de trabalhar e menos ainda agora que está velho, arrancando gargalhadas na platéia e que Marta fazia jus a seu nome. A primeira pergunta de Marta Batalha foi a de sempre "como surgiu o Pasquim?". Jaguar contou que a primeira edição saiu com 20000 exemplares, contra a sua vontade. E já na primeira edição atingiu 80000 exemplares. E em seis meses estava na marca dos 200000 exemplares. E que isto aconteceu pois tinha em seu quadro o primeiro time da imprensa brasileira, pois muitos estavam desempregados devido a perseguição da ditadura militar.
Marta ressaltou que ficaram impressionados em descobrir que Vinicius de Moraes também escrevia nos primeiros números do Pasquim. Jaguar contou que muitos não sabem, mas ele também escrevia crítica de cinema no "Última Hora", e contava tudo que acontecia nos filmes. E segundo Jaguar, os textos são excelentes e valem à pena serem transformados em livro. Jaguar disse que constantemente, pessoas o achavam parecido com Vinicius. E que certa vez em Brasília uma pessoa o achou parecido com o Vinícius e mais ainda com o "falecido Jaguar". Muitos risos na platéia.
Em seguida passou a contar detalhes de sua prisão. Marta lembrou que ele e o Paulo Francis ficavam lendo Freud de cueca na cela. Jaguar contou que estava escondido em Arraial do Cabo, na casa do apresentador Flávio Cavalcanti. E na casa estava também a Leila Diniz. Recebeu um telefonema de Paulo Francis que já estava preso e que os milares só iam soltá-lo se ele e o Sérgio Cabral se apresentassem. Reclamou e Francis encerrou a ligação dizendo que a decisão de se entrega ficava com a sua consciência.
Disse que Flávio Rangel adorava ser preso. Pegou um táxi e foi até a casa de Flávio Rangel e este já estava com uma mala enorme. Perguntou para aquilo se iam somente dar um depoimento. Passaram e pegaram o Sérgio Cabral e foram para o Quartel dos Paraquedistas. Ao se aproximar resolveu voltar e Sérgio perguntou-lhe se tinha se arrependido. Jaguar respondeu que não, mas queria tomar uma dose antes. Ficou preso por sessenta dias e segundo, foram os "dois meses mais felizes de minha vida". Acordava de manhã e não tinha o que fazer, senão ler. E leu Ulisses e obras de Tolstoi, livros tão grandes que somente preso teria coragem de ler. Jaguar disse que neste tempo de prisão só ocorreu um ato de violência, o Luiz Carlos Maciel também companheiro, tinha um cabelo enorme e os militares se invocaram e resolveram cortá-lo. Foi preciso vários homens para segurá-lo. Os demais presos resolveram fazer uma greve de fome e Jaguar não concordou, pois já estava preso e ainda tinha que passar fome. Ele e o Flavio Rangel ficavam lendo a Revista do Clube Militar e faziam piadas das bravuras do militares. Passaram o natal na cadeia e o restaurante Antonio’s mandou perú assado, rabanada e outros tipos de comida. Sérgio Cabral e Ziraldo ficavam chorando por estarem longe da família. E assistiram o programa do Roberto Carlos.
Lembrou que um dos tenentes na época, conhecido por Macieira, tempos depois abriu um restaurante gay em San Francisco, EUA. E dos dois censores do Pasquim: Mariana e Juarez Pinheiro. Comentou sobre a entrevista de Flávio Cavalcanti do qual não participou e a com Jânio Quadros onde tomaram todas e ele acabou dormindo no gramado, assunto do qual depois fez uma crônica. No seu entender, a maior contribuição do Pasquim foi para a mudança da linguagem jornalística da imprensa brasileira.
E disse que ao fazer o Pasquim, o maior trabalho era colocar o título na capa. Finalizando disse que o ambiente da redação do Pasquim era de total liberdade e em sua mesa sempre tinha uma garrafa de uísque e conversavam aos berros.
Hoje, acha o ambiente das redações deprimentes, com as pessoas trabalhando numa baia e a conversa feito somente por meio do computador. Em seguida, Jaguar autografou a coletânia.
Avenida Paulista: um mundo a seu dispor
Tenho o prazer de passar quase todos os dias por esta avenida, onde está localizado o centro financeiro do Brasil. Em seus poucos quilômetros existem muitas coisas para serem vistas. Os hippies com seus artesanatos. Os mendigos que pedem não um real, mas o pagamento de um lanche, nada menos que do McDonald's. As passeatas. O agradável parque do Trianon.
Semanas atrás em frente do Conjunto Nacional alguns astrônomos amadores instalaram três telescópios onde era possível ver a superfície da lua. E no espaço da Caixa, estive lá na quinta-feira, está acontecendo a exposição A Arte que Caminha, mostrando o design dos sapatos italianos, desde a época do Império Romano até os dias de hoje. E tantas outras coisas. A avenida Paulista têm um mundo a nosso dispor.
Semanas atrás em frente do Conjunto Nacional alguns astrônomos amadores instalaram três telescópios onde era possível ver a superfície da lua. E no espaço da Caixa, estive lá na quinta-feira, está acontecendo a exposição A Arte que Caminha, mostrando o design dos sapatos italianos, desde a época do Império Romano até os dias de hoje. E tantas outras coisas. A avenida Paulista têm um mundo a nosso dispor.
Eu vi a Bruna Surfistinha
Assisti ontem, na Primavera dos Livros, a palestra "Blog é literatura?". Mediado pelo escritor Marcelo Duarte, editor da Panda Books, contou com a presença de Bruna Surfistinha, Índigo, Ivana Arruda Leite e Rosana Hermann. Na última hora houve mudanças quanto ao local e por isso atrasou alguns minutos. Ao compor a mesa, a última a sentar-se foi Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, vestida com uma calça preta, blusa branca e super bem produzida e com um piercing no queixo. Muito mais bonita do que a foto da internet.
A primeira a falar foi Rosana Hermann, do blog Querido Leitor, e disse achar o blog a maior acontecimento dos últimos tempos por cumprir a profecia de Karl Marx, a revolução do proletariado, com o MP3, as pessoas poderem queimar seu próprio CD sem precisar de grandes corporações. Esta mudança é tão grande que a diferença entre ela e a CNN é apenas o endereço eletrônico.
Em seguida, falou Índigo, uma das primeiras pessoas a escrever sobre literatura na internet. Começou em 1998 e tem 5 livros publicados. Achava que blog uma literatura menor até que começou a escrever e quando percebeu estava viciada. Contou alguns fatos engraçados de seu blog 73 sub-empregos. Quando disse que havia trabalhado vestida de Mickey e ao ser perguntada onde, respondeu que em Campinas, arrancando muitas gargalhadas da platéia.
Marcelo Duarte fez a apresentação de Bruna Surfistinha dizendo que até o momento ela vendeu 140 mil exemplares de seu livro "Doce veneno do escorpião" e é um dos maiores fenômenos da internet no Brasil. Bruna Surfistinha disse sempre ter gostado de computador e a segunda coisa a comprar depois de começar a fazer programas. E certo dia, procurando na internet relatos de garotas de programa, não achou nada nos sites de busca, então passou a escrever sobre sua vida. Para ela, isto funcionava como terapia e é ainda até hoje. Quando seu blog passou a ser conhecido, chegou a ter 50000 visitas por dia, tendo o provedor até mesmo que trocar servidores. A sua motivação em escrever era atacar alguns tabus da sociedade à respeito das garotas de programa. Queria mostrar que as prostitutas podem ser inteligentes e espertas. E quando o sucesso do blog aconteceu, recebia muitos e-mails e as pessoas duvidavam que ela fosse prostituta e muito menos mulher. E duvidavam também por escrever bem. Antes mesmo de ter um blog já fazia um diário em papel e tinha sonho de um dia de um vê-lo transformado num livro. Tempos depois escreveu isto no blog, daí que veio a idéia do "Doce veneno do escorpião". E este livro, escreveu aos poucos, quando tinha vontade. E disse estar feliz de ajudar direta e indiretamente muitas pessoas.
Logo, falou Ivana Arruda Leite, do blog Doidivana, socióloga de formação. Trabalhou na Revista da Folha de São Paulo e autora de vários livros. Disse ser viciada em blog e adorar este contato com o leitor e que acha a exposição muito grande e, que a literatura precisa de reclusão.
A partir deste momento a platéia começou a fazer perguntas. E todos que o fizeram eram autores de blogs. O papo fluiu muito bem e devia ter mais de 100 pessoas assistindo. Bruna Surfistinha comentou que caiu muito o número de visitas a seu blog e, hoje fica por volta de 25000 por dia e seu blog não permite comentários devido ao fato no início de ter recebido muitas mensagens agressivas. E disse achar importante ter o blog para dividir com as pessoas tudo que sabe. Índigo disse que qualquer vida pode ser interessante, isto depende de quem escreve.
Marcelo Duarte comentou que o blog é um meio poderoso onde qualquer um pode ter voz e citou a matéria publicada pela revista Época em semana anterior sobre blogueiros no Brasil e no mundo. Na saída, conversei com Derneval Cunha, autor do fanzine Barata Elétrica e hoje transformado em blog.
no corredor de acesso à feira dos livros, na saída da palestra, vi Bruna Surfistinha autografando e sendo bastante simpática com os fãs. Estava acompanhada de dois seguranças, ao estilo das grandes estrelas americanas, de paletó preto e fone no ouvido.
A primeira a falar foi Rosana Hermann, do blog Querido Leitor, e disse achar o blog a maior acontecimento dos últimos tempos por cumprir a profecia de Karl Marx, a revolução do proletariado, com o MP3, as pessoas poderem queimar seu próprio CD sem precisar de grandes corporações. Esta mudança é tão grande que a diferença entre ela e a CNN é apenas o endereço eletrônico.
Em seguida, falou Índigo, uma das primeiras pessoas a escrever sobre literatura na internet. Começou em 1998 e tem 5 livros publicados. Achava que blog uma literatura menor até que começou a escrever e quando percebeu estava viciada. Contou alguns fatos engraçados de seu blog 73 sub-empregos. Quando disse que havia trabalhado vestida de Mickey e ao ser perguntada onde, respondeu que em Campinas, arrancando muitas gargalhadas da platéia.
Marcelo Duarte fez a apresentação de Bruna Surfistinha dizendo que até o momento ela vendeu 140 mil exemplares de seu livro "Doce veneno do escorpião" e é um dos maiores fenômenos da internet no Brasil. Bruna Surfistinha disse sempre ter gostado de computador e a segunda coisa a comprar depois de começar a fazer programas. E certo dia, procurando na internet relatos de garotas de programa, não achou nada nos sites de busca, então passou a escrever sobre sua vida. Para ela, isto funcionava como terapia e é ainda até hoje. Quando seu blog passou a ser conhecido, chegou a ter 50000 visitas por dia, tendo o provedor até mesmo que trocar servidores. A sua motivação em escrever era atacar alguns tabus da sociedade à respeito das garotas de programa. Queria mostrar que as prostitutas podem ser inteligentes e espertas. E quando o sucesso do blog aconteceu, recebia muitos e-mails e as pessoas duvidavam que ela fosse prostituta e muito menos mulher. E duvidavam também por escrever bem. Antes mesmo de ter um blog já fazia um diário em papel e tinha sonho de um dia de um vê-lo transformado num livro. Tempos depois escreveu isto no blog, daí que veio a idéia do "Doce veneno do escorpião". E este livro, escreveu aos poucos, quando tinha vontade. E disse estar feliz de ajudar direta e indiretamente muitas pessoas.
Logo, falou Ivana Arruda Leite, do blog Doidivana, socióloga de formação. Trabalhou na Revista da Folha de São Paulo e autora de vários livros. Disse ser viciada em blog e adorar este contato com o leitor e que acha a exposição muito grande e, que a literatura precisa de reclusão.
A partir deste momento a platéia começou a fazer perguntas. E todos que o fizeram eram autores de blogs. O papo fluiu muito bem e devia ter mais de 100 pessoas assistindo. Bruna Surfistinha comentou que caiu muito o número de visitas a seu blog e, hoje fica por volta de 25000 por dia e seu blog não permite comentários devido ao fato no início de ter recebido muitas mensagens agressivas. E disse achar importante ter o blog para dividir com as pessoas tudo que sabe. Índigo disse que qualquer vida pode ser interessante, isto depende de quem escreve.
Marcelo Duarte comentou que o blog é um meio poderoso onde qualquer um pode ter voz e citou a matéria publicada pela revista Época em semana anterior sobre blogueiros no Brasil e no mundo. Na saída, conversei com Derneval Cunha, autor do fanzine Barata Elétrica e hoje transformado em blog.
no corredor de acesso à feira dos livros, na saída da palestra, vi Bruna Surfistinha autografando e sendo bastante simpática com os fãs. Estava acompanhada de dois seguranças, ao estilo das grandes estrelas americanas, de paletó preto e fone no ouvido.
O empréstimo do mendigo
Sempre que passava por Telêmaco Borba, na rodoviária, via aquele mendigo. Certa vez estava esperando o ônibus para São Paulo e lendo um livro, quando me abordou de uma maneira educada. Vi que seus olhos eram azuis. Conversava bem e aparentava ser uma pessoa que partiu para a mendicância devido a alguma desilusão. Pediu-me cinco reais emprestado, puxou a calça e mostrou uma ferida na perna e disse que receberia uma enorme indenização de uma madeireira onde trabalhava e sofreu um acidente.
Resolvi dar-lhe o dinheiro devido ao jeito educado. Ao entregar-lhe a nota, perguntou quando voltaria, respondi que daí uns quinze dias. Então disse que me pagaria nesta data. Falei que não precisava, o dinheiro era uma doação. Segurando a nota, fez um discurso que não aceitaria, pois não pedia esmola, queria só emprestado. Diante daquela cena inusitada, concordei. Voltei mesmo depois de quinze e novamente o mendigo me abordou e veio com a mesma história do empréstimo.
Resolvi dar-lhe o dinheiro devido ao jeito educado. Ao entregar-lhe a nota, perguntou quando voltaria, respondi que daí uns quinze dias. Então disse que me pagaria nesta data. Falei que não precisava, o dinheiro era uma doação. Segurando a nota, fez um discurso que não aceitaria, pois não pedia esmola, queria só emprestado. Diante daquela cena inusitada, concordei. Voltei mesmo depois de quinze e novamente o mendigo me abordou e veio com a mesma história do empréstimo.
A aspa assassina
A vida é curta e os avanços da medicina tem permitido esticá-la bastante. E a tecnologia também às vezes faz muitas vítimas. Os controles, antes feitos através de fichas, requisições, etc foram substituídos em praticamente todos os lugares pela informática. Uma empresa de resgate recebia a lista de pacientes com direito por meio de e-mail. Uma noite uma paciente teve um enfarto. Sua família ligou pedindo a remoção e o funcionário ao abrir o arquivo e consultar não encontrou seu nome e respondeu que ela não tinha direito, deveria procurar o plano. A demora em resolver isto, mesmo por telefone, até que viram que a paciente tinha direito. Seu filho pegou o carro e a levou ao hospital, mas infelizmente não a tempo de salvá-la. No dia seguinte no plano foram procurar onde estava o erro e descobriu-se que no cadastro o funcionário havia digita uma aspa simples e com isto o arquivo foi truncado e não permitia a consulta no nome daquela paciente e com isto virou a aspa assassina.
A reportagem e o compositor decadente
O jovem Marcos Penido estava no terceiro ano de jornalismo e na faculdade havia feito só pequenas reportagens insignificantes e nos demais trabalhos fazia o que é conhecido no jargão jornalístico como "gilette-press". Queria fazer uma boa reportagem para impressionar seu professor.
Depois de pensar em vários temas, veio-lhe a cabeça fazer uma matéria inédita sobre música. Mas como não conhecia ninguém do meio seria difícil. Então começou a pesquisar o assunto. Assistindo a um programa na televisão teve a idéia de entrevistar um compositor de música brega já no ostracismo. Como os bons profissionais, no outro dia ligou para a emissora e conseguiu o telefone. Sentiu-se vitorioso. Uma etapa estava vencida. Ligou. Do outro lado da linha a esposa do compositor. Explicou o motivo da entrevista. A mulher foi educada e se prontificou de conversar com o marido e pediu-lhe que ligasse à noite para resposta. Esperou ansioso o dia todo e no horário marcado ligou. O compositor já estava esperando e atendeu com sua voz macia. Marcos elogiou seu trabalho, contou que sua mãe gostava de sua voz e, indiscreto perguntou porque não se apresentava mais nos programas populares ao que ele respondeu com modéstia, que estava envolvido em grandes projetos. Marcou a entrevista para a semana seguinte. Um dia antes, Marcos ligou combinando a entrevista para o dia seguinte.
Era véspera de Páscoa. Pelo telefone o compositor cobrou "não esqueça do meu ovo de Páscoa". Para não fazer feio, Marcos gastou suas últimas economias num ovo de um quilo. Enfim o dia chegou. Saiu de casa cedo e dirigiu-se a casa do compositor. Foi confiante: vai ser uma entrevista e tanto. Achou com facilidade o endereço. Tocou a companhia e veio atender-lhe um senhor gordo, o próprio compositor. Cumprimentou-o com um pouco de frieza. Sentindo-se um pouco atrapalhado, afinal não tinha experiência. O compositor levou-o a uma pequena sala onde tinha na parede havia um enorme quadro com a foto de Elvis Presley, um violão em cima do sofá já surrado pelo tempo e fotos dele no início da carreira. Ficou ali sozinho por alguns minutos até que o agora gordo e velho compositor voltou com uma enorme garrafa de café e disse: "fique à vontade, aqui é casa de gente simples". Fechou a porta e pegou o violão. Depois das apresentações, disse ao jovem Marcos, futuro foca: "estou vendendo por uma bagatela, aproveita é de um artista". Agradeceu e disse que não sabia tocar nada, estava ainda aprendendo a fazer reportagens. Iniciou a entrevista. Gravou durante três horas e as perguntas começaram a ficar repetitivas. Conseguiu algumas revelações sobre os bastidores da produção de alguns discos. Contou orgulhoso que na sua época não existia a mixagem. A orquestra tocava e o cantor tinha que soltar a voz. Sucesso? Já havia esquecido porque fazia mais de décadas que não emplacava mais nada. Lamentava o descaso da mídia. Para eles "só interessam rostos bonitos e produções baratas, não investem nos talentos", disse o compositor.
Nosso futuro foca foi convidado para almoçar. Durante o almoço conversou futilidades e logo saiu. Mais tarde ligou pedindo número do telefone de alguns contemporâneos, decadentes como ele, para uma matéria mais completa. Dia seguinte, o compositor ligou-lhe pela manhã, passando os números e disse estar preocupado. Não entrou em detalhes e desligou. Passados uns vinte minutos, ele liga novamente e conta uma história estranha. Tinha sido assaltado ao sair do banco no centro de São Paulo, onde sacara o dinheiro recebido de seus direitos autorais. Estava desesperado porque tinha muitas contas a pagar e estava com vários cheques devolvidos sem fundos. Perguntou se eu não conhecia alguém que podia lhe emprestar uma pequena quantia e não se importava de pagar juros de até 5%. Disse que não conhecia. Então, com maior cara-de-pau pediu o valor ao futuro foca. Este respondeu que tinha pequena poupança para as emergências, ao que o velho compositor assegurou que a importância era só por alguns dias. Então ficou acertado o empréstimo. Nosso futuro foca percebeu alegria na voz do decadente letrista. Pediu-lhe então o número de sua conta bancária para o depósito. Este pediu que depositasse na conta de uma amiga sua, pois com a conta estourada, todo dinheiro que entrasse seria absorvido para pagamento da dívida. Ao que Marcos concordou. Ao desligar começou a matutar: cheque devolvido, assalto, conta de outra pessoa. Está muito confuso e esta história está mal contada. Decidiu: não vou emprestar coisa nenhuma. Passou o dia pensando como poderia um compositor que se dizia amigo de grandes nomes de nossa música, com várias letras gravadas querer emprestado o suado dinheiro de um aspirante de jornalista. Isto estava cheirando a golpe. Começou a pensar numa estratégia para sair desta enrascada. Chegou a uma conclusão: não o atenderia mais, porque não tinha coragem de negar-lhe o empréstimo já prometido. Passou a não mais atender telefonemas e pediu a mãe para dizer ao gordo-velho-espertalhão compositor que não estava em casa.
Mas ele não perdeu a esperança, ligando diversas vezes. Chegou a ponto de mandar sua filha adotiva ligar passando-se por uma colega de faculdade. A mãe sempre pronta a ajudar o filho, de cara percebeu a "casca de banana" e disse enfática: "ele está na biblioteca fazendo uma pesquisa". Depois deste embaraço, Marcos desistiu da reportagem inédita e continuou fazendo seus artigos com sempre fez.
Depois de pensar em vários temas, veio-lhe a cabeça fazer uma matéria inédita sobre música. Mas como não conhecia ninguém do meio seria difícil. Então começou a pesquisar o assunto. Assistindo a um programa na televisão teve a idéia de entrevistar um compositor de música brega já no ostracismo. Como os bons profissionais, no outro dia ligou para a emissora e conseguiu o telefone. Sentiu-se vitorioso. Uma etapa estava vencida. Ligou. Do outro lado da linha a esposa do compositor. Explicou o motivo da entrevista. A mulher foi educada e se prontificou de conversar com o marido e pediu-lhe que ligasse à noite para resposta. Esperou ansioso o dia todo e no horário marcado ligou. O compositor já estava esperando e atendeu com sua voz macia. Marcos elogiou seu trabalho, contou que sua mãe gostava de sua voz e, indiscreto perguntou porque não se apresentava mais nos programas populares ao que ele respondeu com modéstia, que estava envolvido em grandes projetos. Marcou a entrevista para a semana seguinte. Um dia antes, Marcos ligou combinando a entrevista para o dia seguinte.
Era véspera de Páscoa. Pelo telefone o compositor cobrou "não esqueça do meu ovo de Páscoa". Para não fazer feio, Marcos gastou suas últimas economias num ovo de um quilo. Enfim o dia chegou. Saiu de casa cedo e dirigiu-se a casa do compositor. Foi confiante: vai ser uma entrevista e tanto. Achou com facilidade o endereço. Tocou a companhia e veio atender-lhe um senhor gordo, o próprio compositor. Cumprimentou-o com um pouco de frieza. Sentindo-se um pouco atrapalhado, afinal não tinha experiência. O compositor levou-o a uma pequena sala onde tinha na parede havia um enorme quadro com a foto de Elvis Presley, um violão em cima do sofá já surrado pelo tempo e fotos dele no início da carreira. Ficou ali sozinho por alguns minutos até que o agora gordo e velho compositor voltou com uma enorme garrafa de café e disse: "fique à vontade, aqui é casa de gente simples". Fechou a porta e pegou o violão. Depois das apresentações, disse ao jovem Marcos, futuro foca: "estou vendendo por uma bagatela, aproveita é de um artista". Agradeceu e disse que não sabia tocar nada, estava ainda aprendendo a fazer reportagens. Iniciou a entrevista. Gravou durante três horas e as perguntas começaram a ficar repetitivas. Conseguiu algumas revelações sobre os bastidores da produção de alguns discos. Contou orgulhoso que na sua época não existia a mixagem. A orquestra tocava e o cantor tinha que soltar a voz. Sucesso? Já havia esquecido porque fazia mais de décadas que não emplacava mais nada. Lamentava o descaso da mídia. Para eles "só interessam rostos bonitos e produções baratas, não investem nos talentos", disse o compositor.
Nosso futuro foca foi convidado para almoçar. Durante o almoço conversou futilidades e logo saiu. Mais tarde ligou pedindo número do telefone de alguns contemporâneos, decadentes como ele, para uma matéria mais completa. Dia seguinte, o compositor ligou-lhe pela manhã, passando os números e disse estar preocupado. Não entrou em detalhes e desligou. Passados uns vinte minutos, ele liga novamente e conta uma história estranha. Tinha sido assaltado ao sair do banco no centro de São Paulo, onde sacara o dinheiro recebido de seus direitos autorais. Estava desesperado porque tinha muitas contas a pagar e estava com vários cheques devolvidos sem fundos. Perguntou se eu não conhecia alguém que podia lhe emprestar uma pequena quantia e não se importava de pagar juros de até 5%. Disse que não conhecia. Então, com maior cara-de-pau pediu o valor ao futuro foca. Este respondeu que tinha pequena poupança para as emergências, ao que o velho compositor assegurou que a importância era só por alguns dias. Então ficou acertado o empréstimo. Nosso futuro foca percebeu alegria na voz do decadente letrista. Pediu-lhe então o número de sua conta bancária para o depósito. Este pediu que depositasse na conta de uma amiga sua, pois com a conta estourada, todo dinheiro que entrasse seria absorvido para pagamento da dívida. Ao que Marcos concordou. Ao desligar começou a matutar: cheque devolvido, assalto, conta de outra pessoa. Está muito confuso e esta história está mal contada. Decidiu: não vou emprestar coisa nenhuma. Passou o dia pensando como poderia um compositor que se dizia amigo de grandes nomes de nossa música, com várias letras gravadas querer emprestado o suado dinheiro de um aspirante de jornalista. Isto estava cheirando a golpe. Começou a pensar numa estratégia para sair desta enrascada. Chegou a uma conclusão: não o atenderia mais, porque não tinha coragem de negar-lhe o empréstimo já prometido. Passou a não mais atender telefonemas e pediu a mãe para dizer ao gordo-velho-espertalhão compositor que não estava em casa.
Mas ele não perdeu a esperança, ligando diversas vezes. Chegou a ponto de mandar sua filha adotiva ligar passando-se por uma colega de faculdade. A mãe sempre pronta a ajudar o filho, de cara percebeu a "casca de banana" e disse enfática: "ele está na biblioteca fazendo uma pesquisa". Depois deste embaraço, Marcos desistiu da reportagem inédita e continuou fazendo seus artigos com sempre fez.
A liberdade da Paulista
A avenida Paulista conhecida por ser o palco das grandes manifestações da cidade, principalmente a Parada Gay, todo mês de junho.
E nesta avenida mostra o lado próspero e progresista da cidade. Em poucos quilômetros muitos prédios gigantescos com a estrutura maior que muitas cidades brasileiras. Milhares de emissoras de rádio e televisão.
O Conjunto Nacional com a livraria Cultura, seus restaurantes e cafés. Onde desfilam casais homossexuais num boa, sem nenhum preconceito.
E mesmo assim, a Paulista tem também seus camelôs e os shoppings de coisas importadas da China que constatemente a polícia fecha, mas dias depois estão funcionando normalmente.
Na passagem da Consolação, aberta no final do ano passado, existem várias bancas de livros usados, sempre com muitas novidades.
E nesta avenida mostra o lado próspero e progresista da cidade. Em poucos quilômetros muitos prédios gigantescos com a estrutura maior que muitas cidades brasileiras. Milhares de emissoras de rádio e televisão.
O Conjunto Nacional com a livraria Cultura, seus restaurantes e cafés. Onde desfilam casais homossexuais num boa, sem nenhum preconceito.
E mesmo assim, a Paulista tem também seus camelôs e os shoppings de coisas importadas da China que constatemente a polícia fecha, mas dias depois estão funcionando normalmente.
Na passagem da Consolação, aberta no final do ano passado, existem várias bancas de livros usados, sempre com muitas novidades.
A lição de Balzac
Perguntava a Balzac como escrever, as nuances dos diálogos, suas técnicas e ele ao responder não consegui ouvir. Tentava e só via o movimento de seus lábios e nada de som. E perguntei: "E o doutor Biachon?". E ouvi: "que doutor Biachon". Acordei e foi um sonho.
Mundo das colas
Este vídeo lançado pela Superinteressante conta toda a história do tipo de refrigerante mais tomado e vendido do mundo: colas.
Carl Sagan
Falecido em 1996, este importante cientista americano deixou um importante obra. E seus dois últimos livros estão entre os clássicos da ciência: Bilhões e Bilhões e O Mundo Assombado pelos Demônios.
Caos e a tecnologia
A tecnologia trouxe muitos confortos e facilidades, mas também o caos. Admiramos e usufruímos de muitos recursos e ignoramos o tamanho do esforço físico e intelectual para gerenciar tudo isto.
As incorporações, mudanças de tecnologias, equipamentos, processos e tudo o mais inerente causa um caos em que o desgate emocial e financeiro são grandes. E quando pensamos que tudo isto está perto de estabilizar, onde mudança aparece e tudo começa de novo.
As incorporações, mudanças de tecnologias, equipamentos, processos e tudo o mais inerente causa um caos em que o desgate emocial e financeiro são grandes. E quando pensamos que tudo isto está perto de estabilizar, onde mudança aparece e tudo começa de novo.
Sebos de São Paulo
Existem muitos sebos na cidade de São Paulo e os principais estão localizados no centro velho. Um dos mais antigos é o Sebo do Brandão, onde encontram-se obras raras e primeiras edições. Anos atrás, o preço era muito atrativo em relação ao do livro novo. Atualmente, o preço oscilava por volta de 50% do novo e pagando à vista em muitos deles, consegue-se um desconto de 10 a 15%. Um sebo interessante onde encontram-se livros em excelente estado de conservação e preço atraente é o Sebo Aliança.
Começo do blog
Começo hoje a publicação deste blog, onde escreverei sobre todos os tipos de assuntos, com a liberdade, sem as limitações de assunto.
Joaquim Ricardo Machado
Assinar:
Postagens (Atom)