segunda-feira, dezembro 11, 2006

Domingo no centro

Ontem, dia 10 de dezembro, muitas lojas do centro de São Paulo abriram para as vendas de Natal.

Muita gente comprando e o interessante que tinham poucos camelôs nas ruas.

No final da tarde, na Praça do Patriarca, aconteceu uma apresentação do grupo Ilú Obá De Min.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Fugas da realidade

Estando em lugares, onde não se tem acesso a uma caneta ou qualquer ferramenta para escrever, é que temos as melhores idéias. Depois por mais que tentemos a inspiração não vem. Acredito que isto aconteça com todos que gostam de escrever. E quem escreve fica sempre observando tudo o que acontece para encontrar um tema ou assunto interessante para uma crônica, poesia ou até mesmo, um romance.

E ouvimos e vemos tantas coisas que muitas vezes, nem mesmo um ficcionista poderia imaginar. Conversando certo dia com uma pessoa, esta passou a contar um monte de histórias, não dizia diretamente, mas deixa indícios que havia escrito muita coisa e isto foi utilizado para algumas músicas de sucesso, na voz de cantores bregas. Perguntei se o nome deste estava no disco. Respondeu prontamente que não estava, se interessava em somente ter idéias e escrever. Difícil acreditar.

São muitos sonhos e alguns sempre misturam a realidade com a ficção, como Balzac no fim da vida achando que somente o Doutor Biancon poderia salvá-lo.

Precisamos desta fugas da realidade para não desistirmos de viver.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Fragmentos

Aos seis anos já sabia escrever meu nome e muitas palavras, naquele tempo, início dos anos 70 isto era precoce, hoje normal para as crianças acostumadas desde o berço a diversas mídias como televisão e internet.

A palavra escrita sempre me fascinava e gostava de ler jornais, quadrinhos e depois aquelas histórias de faroeste em livros de bolso de papel jornal.

Queria ser jornalista, era um sonho e nem mesmo sabia como realizar. Aos treze anos, incentavado por várias professoras comecei a publicar um jornalzinho na escola e rodado em mimeógrafo. Por incrível que pareça chegou a ter quarenta edições. Eu fazia tudo – escrevia as matérias, vazava a matriz e rodar o jornal, vendia o jornal – acumulava todos os cargos.
E nos anos seguintes escreveria muito coisa. Muito se perdeu e as idéias daquela época, tão diferentes das de hoje.

Entrando no mercado de trabalho, aqueles velhos sonhos ficaram para trás. Continuei fã da palavra escrita e passei muitos anos lendo somente jornais e revistas, perdendo inclusive a habilidade de escrever. Meu avô dizia "o que se aprende não se esquece", então devo não ter aprendido a escrever.

Com muitos projetos fracassados e os anos passando, tempos depois voltei a me interessar por livros. Passei a ser um rato de sebo e de maneria desordenada, comecei a ler todo tipo de assunto. Não posso negar que acumulei muitos conhecimentos e às vezes penso, serem inúteis. A vida é assim, vamos fazendo as coisas sem ter sentido. Muitas abandonamos, outros vamos levando aos trancos e barrancos.

E a vida é como este texto – começou uma coisa e no fim saiu outra.