Uma das mais tradicionais da Avenida Paulista, a Belas Artes vai fechar no dia 30 de outubro. Frequentada por jornalistas e escritores, há décadas era um dos pontos de encontro dos intelectuais na capital.
Todo seu estoque está sendo vendido com descontos de 30% a 50%.
A livraria Belas Artes fica na Avenida Paulista, 2448 - (11) 3231-5764 / (11) 3259-0668.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Ainda sobre blogar
O formato do blog é tão inovador que provocou mudanças enormes também no jornalismo. O site do The New York Times foi reformulado tempos atrás e no estilo de um blog. Em seguida todos os jornais eletrônicos do mundo inteiro também promoveram estas mudanças. E ocorreu também no estilo de escrever, com notas curtas, fáceis de ler.
O ato de blogar virou um síndrome e a cada dia surgem novas ferramentas que facilitam a tarefa. É possível postar artigos por e-mail e telefone celular. Muitos eventos estão sendo cobertos on-line, agilizando a tráfego da informação.
O que começou como se fosse um diário pessoal, transformou-se numa das maiores inovações dos últimos tempos.
E você já começou a blogar?
O ato de blogar virou um síndrome e a cada dia surgem novas ferramentas que facilitam a tarefa. É possível postar artigos por e-mail e telefone celular. Muitos eventos estão sendo cobertos on-line, agilizando a tráfego da informação.
O que começou como se fosse um diário pessoal, transformou-se numa das maiores inovações dos últimos tempos.
E você já começou a blogar?
terça-feira, outubro 24, 2006
O Mundo é Plano
O livro "O Mundo é Plano" de Thomas L. Friedman (Editora Objetivo, preço R$ 59,90) do jornalista do The New York Times, é sobre a mudança do mundo dos negócios após a queda do muro de Berlim e a explosão do uso da internet.
É de leitura fascinante e, Thomas L. Friedman é profundo conhecedor do assunto sobre o impacto da terceirazação e a mudança em todas as áreas. Como aconteceu com o muro, muitos paradigmas foram derrubados e abriu-se um mundo novo de desafios e oportunidades.
A globalização trouxe muitos benefícios, com muitas opções de produtos e preços mais competitivos, mas ao mesmo tempo, também o desemprego e o medo da insegurança da falta da seguridade social e de uma carreira.
É leitura imprescindível para aqueles que gostam do assunto e, mais ainda para aqueles que estão entrando no mercado de trabalho, pois se ocorreram tantas mudanças nos últimos, muitas coisas ainda virão.
Boa leitura!
É de leitura fascinante e, Thomas L. Friedman é profundo conhecedor do assunto sobre o impacto da terceirazação e a mudança em todas as áreas. Como aconteceu com o muro, muitos paradigmas foram derrubados e abriu-se um mundo novo de desafios e oportunidades.
A globalização trouxe muitos benefícios, com muitas opções de produtos e preços mais competitivos, mas ao mesmo tempo, também o desemprego e o medo da insegurança da falta da seguridade social e de uma carreira.
É leitura imprescindível para aqueles que gostam do assunto e, mais ainda para aqueles que estão entrando no mercado de trabalho, pois se ocorreram tantas mudanças nos últimos, muitas coisas ainda virão.
Boa leitura!
Blogar
Depois da criação da internet, o blog foi a maior inovação. Hoje pelo mundo todo, muitas pessoas conjugam o verbo blogar a todo momento. Blogam sobre todo tipo de assunto e agora qualquer cidadão pode emitir suas opiniões e críticas. Divulgar suas angústias, seus conhecimentos e a cada dia, a blogosfera cresce mais ainda.
Ontem li em um site que a China não vai permitir que seus cidadãos bloguem anonimamente. Um país que cresceu muito, mas ainda não aprendeu a conviver com a democracia que a internet permite. Depois da queda do muro de Berlim, a internet está causando uma revolução em todos os campos. O mundo não mais foi o mesmo depois que começamos a acessar e conviver com o fantástico mundo da web.
Muitos críticos dizem: escrever para quê? Ninguém vai ler o que você escreve. Acontece que o mundo dinâmico da internet, não é necessário que o que escreva seja lido de imediato. O importante é esta informação está lá, disponível para todos, em qualquer lugar, em qualquer hora. Basta ir em um site de busca, digitar a palavra e milhares de informações vêm à sua tela. E para isto acontecer é preciso que milhões e milhões de pessoas estejam escrevendo e colocando informações.
Em uma palestra que assisti sobre blogs em agosto, foi falado sobre o vício de blogar. O blogueiro depois que entra neste mundo, quando surge qualquer idéia ou assunto, imeditamente escreve e já publica. Esta facilidade de divulgar está fazendo com que eliminemos diversas etapas.
Se hoje já está assim, imagine o que nos aguarda no futuro.
Ontem li em um site que a China não vai permitir que seus cidadãos bloguem anonimamente. Um país que cresceu muito, mas ainda não aprendeu a conviver com a democracia que a internet permite. Depois da queda do muro de Berlim, a internet está causando uma revolução em todos os campos. O mundo não mais foi o mesmo depois que começamos a acessar e conviver com o fantástico mundo da web.
Muitos críticos dizem: escrever para quê? Ninguém vai ler o que você escreve. Acontece que o mundo dinâmico da internet, não é necessário que o que escreva seja lido de imediato. O importante é esta informação está lá, disponível para todos, em qualquer lugar, em qualquer hora. Basta ir em um site de busca, digitar a palavra e milhares de informações vêm à sua tela. E para isto acontecer é preciso que milhões e milhões de pessoas estejam escrevendo e colocando informações.
Em uma palestra que assisti sobre blogs em agosto, foi falado sobre o vício de blogar. O blogueiro depois que entra neste mundo, quando surge qualquer idéia ou assunto, imeditamente escreve e já publica. Esta facilidade de divulgar está fazendo com que eliminemos diversas etapas.
Se hoje já está assim, imagine o que nos aguarda no futuro.
sexta-feira, outubro 20, 2006
O sucesso dos blogs
Não há dúvida que os blogs tornaram a maior revolução depois da invenção da internet. A facilidade de expressar suas opiniões e divulgá-las para o mundo todo e rapidamente, está transformando as comunicações e, isto incomoda muitas pessoas e grupos. Um pastor nos Estados Unidos diz que os blogs são contra deus.
Em sua edição de 31 de julho de 2006, a revista Época publicou uma reportagem sobre o sucesso dos blogs.
Em sua edição de 31 de julho de 2006, a revista Época publicou uma reportagem sobre o sucesso dos blogs.
segunda-feira, outubro 09, 2006
A carreira de José de Souza
Todas as pessoas que o conhecem vão concordar: ele é polêmico, visionário, empreendedor e persistente.
E hoje, o setor de transporte rodoviário deve muito a suas idéias e luta para a melhoria dos processos operacionais e administrativos. Exemplos não faltam: o controle da coleta por telefone, a diminuição do tamanho do conhecimento (documento de transporte), a simplificação da fatura, o atendimento a clientes, a informatização dos processos, os tarifários, o código de barras, a adaptação do EDIFACT, o marketing, a formatação de filiais e tantas outras.
É paulista de Guararapes, interior do estado. No final dos anos 60 veio para São Paulo e iniciou sua brilhante carreira na Forest, uma transportadora da qual saíram várias pessoas que tornaram a Dom Vital, uma das maiores empresas de transporte no Brasil. Nesta empresa, implementou quase todas as suas idéias.
Por volta de 1977, quando informática era coisa para universidades e bancos, coordenou a implantação do primeiro sistema desenvolvido para transporte no Brasil, que tornou-se o padrão, utilizado até hoje. Desenvolvido em Basic, este sistema era executado nos equipamentos SISCO. Tempos difíceis no regime militar, quando existia a reserva de mercado de informática e as novidades lançadas no exterior demoravam muito a chegar no país.
A profissionalização do setor de transporte de cargas foi e é uma das suas maiores bandeiras. Buscou muitas pessoas em outros setores e gente nova, com garra e determinação para desenvolver vários projetos.Por isto que a empresa que dirigia tornou-se a maior e melhor empresa do Brasil, ganhando vários prêmios da Revista Exame e outras entidades. A Dom Vital em pesquisas de entidades independentes foi considerada a mais lembrada quanto ao quesito de transporte de cargas e, chegou a faturar US$ 100 milhões, anualmente.
Sob sua coordenação, os sistemas de informática e serviços de coleta e entrega foram formatados, visando atender melhor os clientes. Quando a informação ágil era considerada artigo de luxo, insistia que transportar todo mundo transporta, mas o diferencial estava em entregar rápido e ter as informações do processo nas pontas dos dedos, como dizia Bill Gates.
Quando a ISO 9000 era novidade, coordenou o departamento de qualidade total, conseguindo a certificação da empresa em apenas seis meses.
Com excelente retórica, fez palestras no Sindicato dos Engenheiros, NTC, SETCESP e outras entidades.
Sempre viaja ao exterior com o objetivo de enriquecer os seus conhecimentos e trazer experiências inovadoras.
O início
José de Souza veio passar as férias na casa de sua tia em São Paulo, em 1964. Nesta época trabalhava na contabilidade de uma fazenda, em Guararapes.
Gostou de São Paulo e passou a procurar um emprego, quando se deparou com um anúncio de uma vaga para auxiliar de expedição e exigia que o candidato fosse "exímio datilógrafo". Como já tinha muita prática com a máquina de escrever, e acostumado a trabalhar em fazenda, antes das sete da manhã já estava na porta da empresa. Souza lembra até hoje o endereço: "Avenida do Estado, 5315".
Estava na porta quando chegou uma pessoa e perguntou se era candidato a vaga de auxiliar. Respondeu que sim e então esta pessoa tirou o molho de chaves da cintura e o entregou e disse: "rapaz, o escritório fica ali em cima. Abra o escritório que já vou subir". Esta pessoa era o gerente da empresa, Sr. José Caliendo.
Souza abriu o escritório e em seguida chegou João de Brum e o perguntou se era o candidato e pediu para que fizesse o teste que era copiar na máquina de escrever por cinco minutos alguma matéria do jornal "O Estado de São Paulo". Pegou uma folha, colocou na máquina e começou a copiar num ritmo frenético. João de Brum fez sinal para parar e disse: "garoto você é bom demais".
Quando Sr. José Caliendo entrou no escritório e perguntou a João como fora o teste, este respondeu que o candidato era bom demais e por ele estava contratado. Caliendo perguntou a Souza quanto queria ganhar. Disse um valor razoável, informação lhe passada pela tia e, então Sr. José perguntou se poderia começar imediatamente, respondendo que sim.
E assim, Souza iniciou sua carreira na Forest, uma transportadora conhecida pela sua rapidez e confiança em transportar cargas. Nesta época a empresa tinha unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e muito tempo depois, Curitiba. A empresa foi fundada pela família Forest, de origem italiana.
Voltou a Guararapes para pegar suas coisas e pedir demissão do emprego. Disseram que em menos de trinta dias estaria de volta, mas isto não ocorreu e continua em São Paulo e, trabalhando até hoje.
Ficou morando com a tia por quinze dias e depois passou a morar numa pensão próxima a empresa, e nelas ficavam seus companheiros de trabalho, João de Brum e um sobrinho do Sr. Forest. Souza conta rindo que pegar ônibus por quinze dias foi o suficiente.
E desempenhou bem sua função que em três meses tornou-se chefe do escritório e, em um ano já era gerente. E nestas duas mudanças de cargo, recebeu substancial aumento de salário.
E na Forest, todos os dias existiam enormes desafios, de fazer com que o armazém ficasse limpo, com todas as mercadorias entregues. Sr. José Caliendo era uma pessoa exigente e primava pelo profisionalismo. Dedicava a maior parte de seu tempo a empresa e, estava sempre preocupado e criar novas maneiras da mercadoria ser entregue com maior rapidez e segurança na casa do cliente. Praticava a transparência, sempre dizendo ao cliente o que ocorria e tanto que no conhecimento da empresa tinha a seguinte frase: "Verifique nosso prazo de entrega". Cumpria o que prometia e ainda pedia ao cliente para confirmar.
Souza passou a acompanhar Sr. José Caliendo nos jogos de várzea na Pompéia, onde jogava Lourenço Diaféria, jornalista e escritor. Iam à missa nos domingos pela manhã e depois passavam na empresa para ver se tinha alguma coisa para ser feita, participava das festas de aniversário de suas filhas. Além do profissional, tornaram-se grandes amigos.
A Forest procurava sempre estar na dianteira, usando veículos melhores e métodos inovadores. Certa vez, caiu uma ponte no estado de Santa Catarina. O exército recuperou rapidamente a ponte, mas poderia passar somente ônibus. Os caminhões tinham que fazer um desvio por uma região difícil de tráfego. Souza lembra que saiu na imprensa da época uma reportagem em que a Forest foi a única empresa que conseguiu chegar com as cargas em São Paulo, em tempo hábil.
Quando surgiu os jatos, o Sr. Forest criou o nome "Forjato" e um dos lemas da empresa: "Viajei Forest cheguei bem". A empresa com todas as dificuldades da época, fazia o trecho de São Paulo-Porto Alegre com o prazo de 18 horas e atendia principalmente, a indústria automobilística. O sr. Forest gostava de velocidade e participava de corridas, no autódromo de Interlagos e, por este motivo tinha carros possantes. Palmeirense fanático, sempre convidava os funcionários para assistir os jogos de seu time no final de semana. Sr. José Caliendo no entanto, era corintiano. Tanto que Souza lembra que andava com dois cartões. Um da empresa e outro do Corinthians, benzido pelo Dom Paulo Evaristo Arns, outro corintiano roxo.
As comunicações naqueles anos 60 eram bastante precárias. Tanto que para conseguir um telefonema para Porto Alegre levava dias. E então, usavam para comunicar os embarques, os telegramas da Western Union. E Sr.Forest, José Caliendo e Souza criaram um método para transmitir o máximo de informações possíveis, com o menor custo. Souza exemplifica:
101M597 102D498 TM597 TD597
O que significa isto? No primeiro caso: o caminhão da frota número 101 com carga de miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – no segundo: o caminhão da frota número 102 com carga direta chegará no dia 04 de setembro às 08:00hs – o terceiro: caminhão de terceiro com miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – e o quarto: caminhão de terceiro com carga direta chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs.
Desenvolveram técnicas também para conferir os cálculos dos conhecimentos, manifestos e faturas. E eram eficientes, visto que o quantidade de erros era mínima.
Por volta de 1967, o Coronel Américo Fontenelle causou polêmica ao mudar o fluxo de trânsito na capital paulista. Aconteceram inúmeros protestos e o coronel para implantar suas idéias em vários pontos colocou o exército nas ruas.
O coronel fez uma palestra na auditório da Pirelli no centro de São Paulo para explicar os motivos desta mudança. Sr. José Caliendo convidou Souza para ir e perguntou a este se sabia dirigir o JK, do Sr. Forest. Souza respondeu que sim e foram da Av. do Estado até o centro testando a nova rota imposta pelo coronel e no caminho via os soldados armados. Ao chegarem ao centro, naquela época não existiam estacionamentos e o jeito foi deixar o carro na rua. E descobriram que não conseguiam fechar o carro. Resolveram deixar o carro na rua aberto e ir assistir a palestra. Ao voltarem o carro estava do mesmo jeito que haviam deixado. Bons tempos aqueles, onde havia segurança.
A Forest acabou sendo vendida para o grupo Calçadas que possuia muitos outros negócios como seguradora, revenda de veículos, etc. Com isto, vieram diretores, gerentes e o entusiasmo do grupo perdeu o fôlego.
Moraes trabalhou com o grupo por uns 90 dias e saiu, indo para a empresa Rodovia Dom Vital. Em seguida levou todo o grupo. Alfeu, o último a sair.
O nome mudado de Rodovia Dom Vital para Ultra Rápido Dom Vital e onde este grupo: Moraes, José Caliendo, Souza e Alfeu transformaram esta empresa em uma das maiores no transporte rodoviário de carga do país.
E hoje, o setor de transporte rodoviário deve muito a suas idéias e luta para a melhoria dos processos operacionais e administrativos. Exemplos não faltam: o controle da coleta por telefone, a diminuição do tamanho do conhecimento (documento de transporte), a simplificação da fatura, o atendimento a clientes, a informatização dos processos, os tarifários, o código de barras, a adaptação do EDIFACT, o marketing, a formatação de filiais e tantas outras.
É paulista de Guararapes, interior do estado. No final dos anos 60 veio para São Paulo e iniciou sua brilhante carreira na Forest, uma transportadora da qual saíram várias pessoas que tornaram a Dom Vital, uma das maiores empresas de transporte no Brasil. Nesta empresa, implementou quase todas as suas idéias.
Por volta de 1977, quando informática era coisa para universidades e bancos, coordenou a implantação do primeiro sistema desenvolvido para transporte no Brasil, que tornou-se o padrão, utilizado até hoje. Desenvolvido em Basic, este sistema era executado nos equipamentos SISCO. Tempos difíceis no regime militar, quando existia a reserva de mercado de informática e as novidades lançadas no exterior demoravam muito a chegar no país.
A profissionalização do setor de transporte de cargas foi e é uma das suas maiores bandeiras. Buscou muitas pessoas em outros setores e gente nova, com garra e determinação para desenvolver vários projetos.Por isto que a empresa que dirigia tornou-se a maior e melhor empresa do Brasil, ganhando vários prêmios da Revista Exame e outras entidades. A Dom Vital em pesquisas de entidades independentes foi considerada a mais lembrada quanto ao quesito de transporte de cargas e, chegou a faturar US$ 100 milhões, anualmente.
Sob sua coordenação, os sistemas de informática e serviços de coleta e entrega foram formatados, visando atender melhor os clientes. Quando a informação ágil era considerada artigo de luxo, insistia que transportar todo mundo transporta, mas o diferencial estava em entregar rápido e ter as informações do processo nas pontas dos dedos, como dizia Bill Gates.
Quando a ISO 9000 era novidade, coordenou o departamento de qualidade total, conseguindo a certificação da empresa em apenas seis meses.
Com excelente retórica, fez palestras no Sindicato dos Engenheiros, NTC, SETCESP e outras entidades.
Sempre viaja ao exterior com o objetivo de enriquecer os seus conhecimentos e trazer experiências inovadoras.
O início
José de Souza veio passar as férias na casa de sua tia em São Paulo, em 1964. Nesta época trabalhava na contabilidade de uma fazenda, em Guararapes.
Gostou de São Paulo e passou a procurar um emprego, quando se deparou com um anúncio de uma vaga para auxiliar de expedição e exigia que o candidato fosse "exímio datilógrafo". Como já tinha muita prática com a máquina de escrever, e acostumado a trabalhar em fazenda, antes das sete da manhã já estava na porta da empresa. Souza lembra até hoje o endereço: "Avenida do Estado, 5315".
Estava na porta quando chegou uma pessoa e perguntou se era candidato a vaga de auxiliar. Respondeu que sim e então esta pessoa tirou o molho de chaves da cintura e o entregou e disse: "rapaz, o escritório fica ali em cima. Abra o escritório que já vou subir". Esta pessoa era o gerente da empresa, Sr. José Caliendo.
Souza abriu o escritório e em seguida chegou João de Brum e o perguntou se era o candidato e pediu para que fizesse o teste que era copiar na máquina de escrever por cinco minutos alguma matéria do jornal "O Estado de São Paulo". Pegou uma folha, colocou na máquina e começou a copiar num ritmo frenético. João de Brum fez sinal para parar e disse: "garoto você é bom demais".
Quando Sr. José Caliendo entrou no escritório e perguntou a João como fora o teste, este respondeu que o candidato era bom demais e por ele estava contratado. Caliendo perguntou a Souza quanto queria ganhar. Disse um valor razoável, informação lhe passada pela tia e, então Sr. José perguntou se poderia começar imediatamente, respondendo que sim.
E assim, Souza iniciou sua carreira na Forest, uma transportadora conhecida pela sua rapidez e confiança em transportar cargas. Nesta época a empresa tinha unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e muito tempo depois, Curitiba. A empresa foi fundada pela família Forest, de origem italiana.
Voltou a Guararapes para pegar suas coisas e pedir demissão do emprego. Disseram que em menos de trinta dias estaria de volta, mas isto não ocorreu e continua em São Paulo e, trabalhando até hoje.
Ficou morando com a tia por quinze dias e depois passou a morar numa pensão próxima a empresa, e nelas ficavam seus companheiros de trabalho, João de Brum e um sobrinho do Sr. Forest. Souza conta rindo que pegar ônibus por quinze dias foi o suficiente.
E desempenhou bem sua função que em três meses tornou-se chefe do escritório e, em um ano já era gerente. E nestas duas mudanças de cargo, recebeu substancial aumento de salário.
E na Forest, todos os dias existiam enormes desafios, de fazer com que o armazém ficasse limpo, com todas as mercadorias entregues. Sr. José Caliendo era uma pessoa exigente e primava pelo profisionalismo. Dedicava a maior parte de seu tempo a empresa e, estava sempre preocupado e criar novas maneiras da mercadoria ser entregue com maior rapidez e segurança na casa do cliente. Praticava a transparência, sempre dizendo ao cliente o que ocorria e tanto que no conhecimento da empresa tinha a seguinte frase: "Verifique nosso prazo de entrega". Cumpria o que prometia e ainda pedia ao cliente para confirmar.
Souza passou a acompanhar Sr. José Caliendo nos jogos de várzea na Pompéia, onde jogava Lourenço Diaféria, jornalista e escritor. Iam à missa nos domingos pela manhã e depois passavam na empresa para ver se tinha alguma coisa para ser feita, participava das festas de aniversário de suas filhas. Além do profissional, tornaram-se grandes amigos.
A Forest procurava sempre estar na dianteira, usando veículos melhores e métodos inovadores. Certa vez, caiu uma ponte no estado de Santa Catarina. O exército recuperou rapidamente a ponte, mas poderia passar somente ônibus. Os caminhões tinham que fazer um desvio por uma região difícil de tráfego. Souza lembra que saiu na imprensa da época uma reportagem em que a Forest foi a única empresa que conseguiu chegar com as cargas em São Paulo, em tempo hábil.
Quando surgiu os jatos, o Sr. Forest criou o nome "Forjato" e um dos lemas da empresa: "Viajei Forest cheguei bem". A empresa com todas as dificuldades da época, fazia o trecho de São Paulo-Porto Alegre com o prazo de 18 horas e atendia principalmente, a indústria automobilística. O sr. Forest gostava de velocidade e participava de corridas, no autódromo de Interlagos e, por este motivo tinha carros possantes. Palmeirense fanático, sempre convidava os funcionários para assistir os jogos de seu time no final de semana. Sr. José Caliendo no entanto, era corintiano. Tanto que Souza lembra que andava com dois cartões. Um da empresa e outro do Corinthians, benzido pelo Dom Paulo Evaristo Arns, outro corintiano roxo.
As comunicações naqueles anos 60 eram bastante precárias. Tanto que para conseguir um telefonema para Porto Alegre levava dias. E então, usavam para comunicar os embarques, os telegramas da Western Union. E Sr.Forest, José Caliendo e Souza criaram um método para transmitir o máximo de informações possíveis, com o menor custo. Souza exemplifica:
101M597 102D498 TM597 TD597
O que significa isto? No primeiro caso: o caminhão da frota número 101 com carga de miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – no segundo: o caminhão da frota número 102 com carga direta chegará no dia 04 de setembro às 08:00hs – o terceiro: caminhão de terceiro com miudezas chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs – e o quarto: caminhão de terceiro com carga direta chegará no dia 05 de setembro às 07:00hs.
Desenvolveram técnicas também para conferir os cálculos dos conhecimentos, manifestos e faturas. E eram eficientes, visto que o quantidade de erros era mínima.
Por volta de 1967, o Coronel Américo Fontenelle causou polêmica ao mudar o fluxo de trânsito na capital paulista. Aconteceram inúmeros protestos e o coronel para implantar suas idéias em vários pontos colocou o exército nas ruas.
O coronel fez uma palestra na auditório da Pirelli no centro de São Paulo para explicar os motivos desta mudança. Sr. José Caliendo convidou Souza para ir e perguntou a este se sabia dirigir o JK, do Sr. Forest. Souza respondeu que sim e foram da Av. do Estado até o centro testando a nova rota imposta pelo coronel e no caminho via os soldados armados. Ao chegarem ao centro, naquela época não existiam estacionamentos e o jeito foi deixar o carro na rua. E descobriram que não conseguiam fechar o carro. Resolveram deixar o carro na rua aberto e ir assistir a palestra. Ao voltarem o carro estava do mesmo jeito que haviam deixado. Bons tempos aqueles, onde havia segurança.
A Forest acabou sendo vendida para o grupo Calçadas que possuia muitos outros negócios como seguradora, revenda de veículos, etc. Com isto, vieram diretores, gerentes e o entusiasmo do grupo perdeu o fôlego.
Moraes trabalhou com o grupo por uns 90 dias e saiu, indo para a empresa Rodovia Dom Vital. Em seguida levou todo o grupo. Alfeu, o último a sair.
O nome mudado de Rodovia Dom Vital para Ultra Rápido Dom Vital e onde este grupo: Moraes, José Caliendo, Souza e Alfeu transformaram esta empresa em uma das maiores no transporte rodoviário de carga do país.
segunda-feira, outubro 02, 2006
Corredor Literário
Está sendo realizado esta semana na Avenida Paulista, a segunda edição do Corredor Literário. Muitos eventos estão progamados.
A feira de livros este ano acontece em um espaço na FIESP. Estive hoje por lá e ainda os livreiros estão arrumando as barracas. Existem muitas opções e promoções. A editora Francis está presente e, com promoções em diversos títulos.
A feira de livros este ano acontece em um espaço na FIESP. Estive hoje por lá e ainda os livreiros estão arrumando as barracas. Existem muitas opções e promoções. A editora Francis está presente e, com promoções em diversos títulos.
Assinar:
Postagens (Atom)